segunda-feira, 31 de março de 2014
FECOMÉRCIO REALIZA PESQUISA SOBRE COMPETITIVIDADE NO POLO DE CONFECÇÕES DO AGRESTE
O segmento de confecções é um exemplo em que a assimilação de atividades produtivas permite o crescimento dos negócios, mediante outras vias de agregação de valor, para além das relações de intercâmbio comercial. Nesse sentido, os chamados polos de confecções são centros integrados, onde varejistas e produtores interagem e por muitas vezes se confundem, beneficiando-se da crescente importância da indústria da moda.
Com o dinamismo das atividades terciárias ocorridos nos últimos anos, têm sido verificadas mudanças consideráveis na estrutura produtiva do varejo. Um dos segmentos produtivos mais dinâmicos é o da indústria de confecções, que, em Pernambuco, tem como principal vetor o Polo de Confecções do Agreste, onde se destacam as cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama.
As referidas mudanças na estrutura do varejo guardam relação com a emergência, nos debates empresariais e acadêmicos, do tema da “competitividade”, associado à tecnologia que resulta em rápidas transformações no âmbito da produção e da comercialização. No entanto, muitos varejistas não conseguem assimilar, no seu devido tempo, a avalanche de mudanças que lhes envolve, o que dificulta a definição de estratégias duradouras para alcançar práticas competitivas.
Por longo tempo, a percepção sobre a competitividade se baseou nos fatores que envolvem, de forma direta, a definição do preço final de um produto. No entanto, a compreensão mais adequada do conceito de competitividade deve ser feita em duas dimensões estritamente inter-relacionadas: (i) a sistêmica, aquela que está situada "fora da empresa", mas que a influencia; e (ii) a microeconômica, ou seja, aquela que se refere aos aspectos verificados "dentro da empresa".
Quando observada em termos sistêmicos, a competitividade engloba os aspectos que definem o ambiente de negócios. Segundo publicação do Centro de Liderança Pública da revista The Economist em 2012, comparativamente ao Brasil, Pernambuco encontra-se em posição intermediária, correspondendo ao 14º estado do país em termos de competitividade econômica em geral.
Esse resultado, observado de uma perspectiva comparada à Bahia e ao Ceará, foi determinado pelos seguintes fatores: regime de regulação e impostos, ambiente econômico, ambiente político e infraestrutura. No cotejo com o Nordeste, Pernambuco é o segundo melhor estado da região para se empreender, superado somente pela Bahia.
De acordo com o Gráfico 1, nota-se que Pernambuco se sobressai nos aspectos de sustentabilidade, inovação, ambiente econômico, política em relação ao investimento externo e ambiente econômico. Por outro lado, apresenta certa deficiência nos quesitos de recursos humanos, na infraestrutura, no regime de regulação de impostos e no ambiente político. É de se esperar, portanto, que as ações públicas reforcem potencialidades e tornem adequadas as deficiências, somando forças para melhorar o ambiente de negócios do estado.
Já no que se refere ao âmbito microeconômico, isto é, das empresas, ao conceito de competitividade foram sendo incorporadas questões como a qualidade, o atendimento, a inovação e variedade de produtos. Aspectos como o uso de tecnologia, a formulação de layouts de produtos, a estrutura de comercialização, o investimento em RH e em processos de organização e administração profissional, a percepção do "falso embate" entre Concorrência e Associativismo, a adesão a sindicatos, federações de Comércio, cooperativas, centrais de compras e de negócios, etc. podem fazer a diferença frente a verdadeiros concorrentes.
Hoje, portanto, uma empresa para se tornar competitiva tem que ser eficiente e baratear seus custos, mas precisa revisar os "meios" para se alcançar esses propósitos. Assim, é válido reforçar a importância de se perceber que ganhos e valores individuais (de cada empresa, especialmente das pequenas e microempresas) podem ser potencializados com parcerias estratégicas, uma vez que um grupo de empresas tende a ter maior poder de barganha que uma firma individual, ativo estratégico em um mercado de intensa globalização.
Considerando a dimensão sistêmica e a dimensão microeconômica que definem o tema da competitividade, a FECOMÉRCIO-PE, em parceria com o SEBRAE-PE, através do Centro de Pesquisas (CEPESQ) do Instituto FECOMÉRCIO-PE, executou sondagem de opinião nos Centros de Compras do Polo Caruaru, Moda Center em Santa Cruz do Capibaribe e Parque das Feiras em Toritama, aplicando pesquisa no mês de fevereiro junto a 824 empreendedores (246 no primeiro caso, 322 no segundo e 256 no terceiro).
A pesquisa teve por foco a competitividade no varejo daquela região, abrangendo questões como: o processo de criação dos produtos que fabrica, o uso de marcas, as estratégias utilizadas no processo produtivo, o controle de qualidade, a capacitação e treinamento, o uso da ferramenta da informática, as principais ações adotadas pela empresa no que diz respeito a comercialização e as principais ações adotadas pela empresa quanto ao ambiente de negócios.
Trata, portanto, de dar a conhecer aspectos considerados importantes para viabilizar estratégias voltadas à melhoria dos fatores que incidem sobre a competitividade naquela região, com ênfase especial no varejo de confecções.
Competitividade – Empreendedores dos Centros de Compras do Polo de Confecções do Agreste
Um dos aspectos considerados relevantes para determinar a competitividade de uma empresa fabricante de confecções diz respeito ao processo de criação do material produzido. Nesse sentido, nota-se que nos principais Centros de Compras do Polo de Confecções do Agreste quase 2/3 dos empreendedores (65,4%) desenvolve modelos próprios.
No Moda Center, um dos maiores centros fabricantes de confecções do país essa proporção é mais elevada (72,2%), enquanto no centro produtor de jeans do Parque das Feiras essa parcela corresponde a 60,4% e no Polo Caruaru equivale a pouco mais da metade dos empreendedores (57,3%).
Por outro lado, é significativa a proporção de entrevistados nos três Centros de Compras analisados que terceiriza a criação dos produtos (29,4%), parcela que é mais elevada no Polo Caruaru (36,6%), ao passo que no Parque das Feiras equivale a 28,8% e no Moda Center a proporção é pouco maior do que ¼ dos empreendedores (26,8% das respostas).
Entre os entrevistados não foi mencionada a contratação de mão-de-obra especializada na criação de modelos (designers e estilistas). Esse fato vem a corroborar os resultados apresentados em estudo recente, patrocinado pelo SEBRAE-PE, em que é considerado incipiente o número de empresas produtoras de confecções do Agreste pernambucano que contratam esse tipo de profissionais no processo produtivo de suas criações.
É possível que entre muitos desses empreendedores que declararam criação própria, os itens fabricados não sejam fruto de originalidade, recorrendo a imitações – o que não deixa de se constituir uma inovação, mas de ‘fôlego curto’, uma vez que a cada dia surgem novos modelos, ora na televisão, ora nas publicações do ramo –. Ainda assim os seus produtos criados expõem alguma novidade, pois comumente procuram atender às demandas culturais diversas dos consumidores e revendedores que frequentam os Centros analisados. Nesse sentido, é importante observar que foi também significativa à parcela de empreendedores que se baseiam em modelos que pesquisaram na internet (15,0% nos três centros, 16,5% no Parque das Feiras, 14,6% no Moda Center e 13,4% no Polo Caruaru); em publicações especializadas (13,8% no geral, 19,4% no Parque das Feiras, 12,6% no Moda Center e 7,3% no Polo Caruaru; ou aqueles que copiam de produtos de concorrentes locais (10,3% para o conjunto dos três Centros pesquisados, 11,6% no Moda Center, 11,5% no Parque das Feiras e apenas 4,9% no Polo Caruaru). A criação terceirizada, ou seja, que utiliza serviços profissionais fora do estabelecimento do próprio empreendedor abrangeu 29,4% das respostas nos Centros de Compras como um todo, proporção equivalente a 36,6% no Polo Caruaru, 28,8% no Parque das Feiras e 26,8% no Moda Center.
A identidade dos produtos locais também pode ser espelhada na utilização de marcas para os itens fabricados. Essa prática constitui uma estratégia vantajosa aos empreendedores fabricantes, pois as marcas podem estabelecer a fidelização dos consumidores ao produto e ampliar a sua visibilidade em mercado regional, diferenciando-o dos produtos dos concorrentes.
Nos Centros de Compras pesquisados no Polo de Confecções do Agreste, a marca própria é uma característica essencial para os produtos elaborados pelos empreendedores desses Centros de Compras, apontada por 91,9% dos entrevistados, parcela que no Parque das Feiras corresponde a 95,0%, no Polo Caruaru equivale a 91,5% e no Moda Center a 89,9%.
A principal estratégia utilizada no processo de fabricação pelos empreendedores dos Centros de Compras analisados, apontada em 38,2% das respostas é o investimento na variedade de produtos, com a finalidade de alavancar as vendas (no Polo Caruaru essa opção foi indicada por 43,9% dos entrevistados, no Parque das Feiras por 43,2% e no Moda Center por 32,3%).
Por considerarem o uso de marcas um caráter essencial em seus produtos, foi significativo o percentual de empreendedores que afirmaram ter como principal estratégia o desenvolvimento de coleções, com 37,7% dos entrevistados assim se expressando, proporção que foi mais elevada no Polo Caruaru (56,1% das respostas), enquanto no Parque das Feiras atingiu 48,2% e no Moda Center foi de 22,7%. Na visão de 24,1% dos empreendedores fabricantes, a especialização é uma estratégia fundamental, visando atender um segmento específico de consumidores como o feminino ou o infantil etc.
Já para o Moda Center essa estratégia é importante por conta da própria característica desse Centro de Compras, apontada por 1/3 dos entrevistados (33,8% das respostas), parcela que equivaleu a 16,5% no Parque das Feiras e a 13,4% no Polo Caruaru.
Na visão de 16,5% dos empreendedores fabricantes nos Centros de Compras, é fundamental a participação em feiras e rodadas de negócios, oportunidades muito importantes para a efetivação de relações comerciais. Para os entrevistados do Parque das Feiras a proporção dos que consideram essa estratégia importante é a maior entre os três Centros de Compras (17,3% contra 16,7% no Moda Center e 14,6% no Polo Caruaru).
Já para apenas 12,4% dos empreendedores dos Centros de Compras vale a pena investir em cursos de moda. Nesse sentido, a área de influência direta dos três Centros de Compras possui uma razoável presença de entidades voltadas para a capacitação do segmento de confecções. O campus avançado da UFPE em Caruaru oferece curso de moda, contando também com um núcleo de design. Além disso, o SENAC Caruaru oferta de cursos de design, estilo e vitrinismo. Por sua vez, a Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional - FADIRE, localizada em Santa Cruz do Capibaribe, promove curso de design de modas.
Para atender a demanda dos consumidores e revendedores que frequentam o Centro de Compras e simultaneamente manter o padrão dos produtos elaborados e comercializados, os empreendedores lançam mão de um controle de qualidade quanto às ações e políticas das empresas. Observa-se que 95,7% dos empreendedores dos três Centros informaram realizar controle de qualidade, medida adotada para definir padrões em procedimentos, tanto no que diz respeito a ações quanto a políticas das empresas, é uma ferramenta que assegura se os produtos fabricados por uma determinada empresa atendem as expectativas dos seus demandantes, o que é requisito para que, na "ponta" do consumo, sejam vendidos produtos que atendam a consumidores cada vez mais exigentes. Desse total, 70,4% das respostas apontam que o controle de qualidade é utilizado em todo o processo produtivo enquanto 25,3% disseram usar esse instrumento apenas no produto final. A maior proporção de empreendedores que informaram utilizar esse instrumento verificou-se no Parque das Feiras (97,1% sendo 71,7% em todo o processo e 25,4% apenas no produto final), seguido pelo Moda Center (95,4%, com 67,5% em todo o processo produtivo e 27,9% no produto final) enquanto no Polo Caruaru 93,8% lançam mão desse instrumento, sendo ¾ em todo o processo e somente 18,8% no produto final.
Outro elemento chave que os empreendedores indicam para se tornar competitivo no segmento produtor de confecções dos Centros pesquisados é a qualificação da mão-de-obra. Em segmentos tradicionais como os de pequenas confecções e vendas em varejo, é relativamente difícil encontrar trabalhadores capacitados, que atendam exigências básicas para comercialização e assimilação de novas técnicas de produção. Porém entre os estabelecimentos consultados 73,9% disseram ter trabalhadores em condições adequadas de capacitação. No Parque das Feiras é onde se tem a maior proporção de respostas dos empreendedores com mão-de-obra nessa condição (75,4%), parcela que é de 74,9% no Moda Center e que corresponde a 69,1% no Polo Caruaru.
Apesar de as indicações dos entrevistados mostrarem que é apreciável a proporção de unidades nos Centros de Compras que possuem trabalhadores capacitados, se observa que aproximadamente três em cada dez pessoas ocupadas nesses empreendimentos carecem de capacitação. Se, de um lado, esse é um fator que pode inibir ganhos frente à concorrência, por outro lado deve se constituir em importante vetor de investimento para que sejam alcançados níveis ainda mais elevados de competitividade.
O uso de ferramentas tecnológicas como a informática no processo produtivo, é outro fator importante para se obter ganhos de competitividade. Entre outras possibilidades, o acesso à internet leva ao conhecimento de novas estratégias de mercado, bem como a novas oportunidades de negócios, como as vendas online. Nesse sentido observou-se que aproximadamente 2/3 dos empreendedores (66,3%) que fabricam os produtos para venda própria e também para comercializar com outros empreendedores dos Centros de Compras fazem uso da ferramenta da informática nos seus negócios. Esse instrumento é mais utilizado pelos empreendedores do Parque das Feiras (77,7%), ao passo que no Polo Caruaru 64,6% a utilizam e no Moda Center esse percentual é de 59,1%.
O uso da informática é de fundamental importância para a questão do abastecimento e mercado na disponibilização de informações sistemáticas concernentes ao âmbito de desenvolvimento dos negócios das empresas. Acerca da utilidade dessa ferramenta nos negócios, 59,7% dos empreendedores nos três Centros de Compras declararam que o seu uso é essencialmente administrativo (parcela que Moda Center é de 60,7%, no Parque das Feiras é de 60,2% e no Polo Caruaru equivale a 56,6%).
Por sua vez, seu uso no processo de criação dos produtos ocorre em 34,9% dos empreendimentos no conjunto dos Centros consultados, parcela que no Moda Center corresponde a 46,2%, no Parque das Feiras é de 30,6% e no Polo Caruaru de 18,9%. Sobre esse aspecto, devem-se ressaltar a redução nas proporções do uso da informática no que diz respeito a pesquisas de produtos e modelos (28,1% para o total dos empreendedores dos três Centros de Compras), que só tem alguma representatividade no Moda Center, onde 39,3% fazem uso desse instrumento através da informática, parcela que se reduz para 22,2% no Parque das Feiras e mais ainda no Polo Caruaru (15,1% das respostas). Observa-se que 31,7% especificaram que sua utilidade é no cadastro e controle, seja de produtos ou de clientes (54,7% no Polo Caruaru, 36,1% no Parque das Feiras e apenas 17,1% no Moda Center).
As relações com clientes e com bancos são realizadas, respectivamente por 28,1% e 27,7% do total dos empreendedores entrevistados (proporções equivalentes a 41,5% no que diz respeito às relações com clientes e 26,4% nas relações bancárias no Polo Caruaru; 34,2% no primeiro caso e 39,3% no segundo no que se refere ao Moda Center; e 14,8% e 15,7% respectivamente no que tange ao Parque das Feiras).
Também inferior é a utilização da informática nas negociações com fornecedores, 6 uma vez que apenas 12,6% dos empreendedores declararam utilizá-la na realização de compras. No Polo Caruaru essa proporção é de 18,9%, no Moda Center equivale a 15,4% e no Parque das Feiras corresponde a 6,5%.
As ações de comercialização, meios de ampliar as vendas e manter uma relação de confiança com os clientes, foi outro elemento abordado pela pesquisa realizada junto aos empreendedores/fabricantes dos Centros de Confecções selecionados no Polo de Confecções do Agreste. Sobre este aspecto, verificou-se que 55,5% a ação mais relevante é a garantia sobre os produtos comercializados, parcela que no Moda Center chega a 69,3%, no Polo Caruaru é de 49,6% e no Parque das Feiras equivale a 43,8%.
Outra ação apontada em proporção significativa pelos entrevistados foi a de considerar sugestões feitas pelos clientes para a oferta de novos produtos (46,1% das respostas), percentual que se mostrou mais elevado entre os empreendedores do Parque das Feiras (57,4%), seguido pelo Polo Caruaru (52,8%), enquanto no Moda Center 32,0% disseram ter esse procedimento.
É menos expressiva a parcela de entrevistados que apontam a fidelização de clientes como uma das ações importantes para alavancar as vendas, verificando-se que 20,3% dos empreendedores possuem programas nesse sentido. Vale ressaltar que no Moda Center essa percentagem ultrapassa a média dos Centros analisados (24,2%), enquanto no Polo Caruaru e no Parque das Feiras ela é de respectivamente 17,9% e 17,6%.
Por sua vez, é relativamente baixa ainda a percentagem dos empreendedores pesquisados que consideram o registro de reclamações dos clientes como uma ação importante para a comercialização, com apenas 8,5% das respostas se expressando nesse sentido. A maior preocupação dos empreendedores em adotar essa ação verificou-se no Polo Caruaru (11,4% dos entrevistados), atingindo 8,1% no Moda Center e somente 6,3% no Parque das Feiras.
Em relação ao ambiente de negócios, entre as ações sugeridas pelos empreendedores/fabricantes dos Centros de Compras objetivando o aumento da competitividade, a principal delas aponta para o acompanhamento sistemático das tendências e inovações do segmento, sugerida por 61,9% dos entrevistados (ver Gráfico 10). No Polo Caruaru essa ação foi mencionada por 72,8% dos entrevistados, no Parque das Feiras por 68,8% e no Moda Center por 48,1%. A segunda ação mais mencionada é a melhoria da qualidade dos produtos através da busca por melhores fornecedores, indicada por 40,2% dos empreendedores pesquisados, proporção que no Polo Caruaru corresponde a 44,3%, no Moda Center a 40,7% e no Parque das Feiras a 35,5%.
Por sua vez, praticamente 1/3 dos empreendedores nos três Centros de Compras (33,0% dos entrevistados) enfatizaram a ação da pesquisa de preços, através do acompanhamento sistemático dos preços no varejo da concorrência, proporção que foi bastante significativa no Moda Center (50,3% das respostas), correspondendo a ¼ das indicações no Parque das Feiras e equivalendo a somente 18,7% no Polo Caruaru.
Conclusões - Procurou-se, anteriormente, destacar alguns dos principais determinantes da competitividade do comércio varejista de confecções nos Centros de Compras selecionados do Polo de Confecções do Agreste. Esses aspectos podem ser sintetizados, com vistas a subsidiar a formulação de estratégias por parte dos empreendedores ali situados.
Em primeiro lugar, vale a pena mencionar a importância da criação própria para as vendas locais, verificada com maior relevância no Moda Center. Observou-se, porém, que essa criação não ocorre com a consultoria de profissionais da área da moda e que é relativamente elevado o índice de terceirização da produção, principalmente no Polo Caruaru. Com isso, é costume copiar modelos e manequins de revistas especializadas ou mesmo que fazem parte de figurinos de novelas televisionadas.
Ao lado da criação os empreendedores lançam mão de estratégias no processo de fabricação das quais ressaltam o investimento na variedade de produtos, e o desenvolvimento de coleções com a finalidade de alavancar as vendas.
Dadas essas características, os empreendedores dos Centros de Compras analisados destacaram, quase de forma unânime, a importância do controle de qualidade no fornecimento. Em virtude dessa prática, os empreendedores apostam em garantias oferecidas no ato da venda, em proporção mais significativa no Moda Center.
A comercialização dos produtos também foi considerada relevante, porque existe, no ato de compra e venda importante interação entre fabricantes/vendedores e compradores: estes últimos, na verdade, fazem sugestões que terminam por orientar os fabricantes na produção de novas peças. Essa interação poderia ser ainda maior, caso houvesse a prática de utilizar a internet como canal de comunicação junto aos clientes. Atualmente, o (pouco) uso está mais relacionado com aspectos referentes ao controle administrativo. Embora os empreendedores tenham declarado que contam com considerável percentual de mão-de-obra qualificada, é importante reforçar a necessidade de articulação junto à oferta existente, na área, de cursos de formação e qualificação de mão-de-obra, sob a responsabilidade do Centro Acadêmico do Agreste (UFPE) e do SENAC em Caruaru e da Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional - FADIRE, localizada em Santa Cruz do Capibaribe.
Do: Blog Agreste Notícia
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