terça-feira, 6 de março de 2012

NOVO MODELO DE GESTÃO...

Tenho escutado alguns políticos de oposição e situação dizerem que “o município precisa de um novo modelo de gestão” (administração). É uma fala positiva, mas precária e inconsistente do ponto de vista teórico e pratico. Pois para construirmos o mesmo precisamos em primeiro lugar rompermos com determinados pensamentos e práticas que ainda prevalecem nos grupos políticos locais.
Tais pensamentos, como a fraca transparência na aplicação do dinheiro público em obras, programas, projetos e serviços dirigidos ao povo com pouca atenção aos princípios da eficiência e da economicidade (fazer bem feito e a preços justos) com a pacata participação social no processo de escolha das referidas políticas, fiscalização, preservação e manutenção das mesmas.
Para tratarmos de um novo modelo de gestão precisamos romper com a estrutura administrativa da prefeitura do ponto de vista da fragilidade da capacitação e qualificação profissional, do paternalismo e do clientelismo eleitoral. Muitas vezes o funcionário não tem responsabilidade pública da prestação das suas obrigações para com a população, motivada por fatores como baixa remuneração salarial, relações interpessoais e intersetoriais precárias, estabelecendo-se por estas razões os interesses partidários de grupo e pessoas acima dos interesses da coletividade.
É obvio que o rompimento desta cultura recorrente não acontece da noite para o dia, porém sem gestos concretos na mudança comportamental, estamos fadados ao insucesso do modelo, independente do lado partidário. Quando muito se produz um amontoado de papeis sem valor.
Outro fator determinante para o “novo modelo de gestão” é o diagnóstico da realidade econômica, social, ambiental, cultural e administrativa do município. Isso não acontece com meras frases de efeitos, por mais bem intencionadas que sejam. É necessário um estúdio técnico cientifico com a sociedade civil organizada e do povo. Após a realização do diagnóstico, passaríamos à construção de um planejamento viável para o município, com um aporte financeiro, de forma transparente e participativa com o olhar para os acontecimentos globais, pois não somos uma ilha e sim uma minúscula parte do universo geopolítico.
Diante de tais fatos afirmo que a oito meses das eleições municipais não tenho visto gestos concretos de quem quer que seja neste caminho. Corremos o risco de ficar atrás de municípios que tem gestões inteligentes e planejadas, com resultados satisfatórios.
A fé sem obras é morta.
Carlos Lisboa,
Chefe de gabinete da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe
Do: Jornal Agreste Notícia

2 comentários:

Anônimo disse...

Se você sabe de tudo isso por que só faltando oito meses para o fim da gestão você vem a público falar? Mamou três anos e três meses e agora vem cuspir no prato.

Anônimo disse...

ele vem mamando a muito mais de 3 anos