quarta-feira, 9 de julho de 2025

ASSENTAMENTO DO MST É ATACADO COM FOGO E AMEAÇAS ARMADAS EM JATAÚBA; POLÍCIA INVESTIGA CASO

 Um grave episódio de violência foi registrado na zona rural do município de Jataúba, no Agreste Central pernambucano. Um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado na área conhecida como Fazenda Recanto Feliz, foi alvo de um ataque com fogo e ameaças armadas, gerando preocupação quanto a uma possível violação de direitos humanos.

 A denúncia foi feita pela defensora pública Dra. Izabel, que entrou em contato com a Central de Rádio do 24º Batalhão da Polícia Militar (BPM). A defensora relatou o ataque e enviou imagens e vídeos mostrando barracos incendiados e pertences destruídos, o que levou à mobilização imediata das equipes da ROCAM e da GT de Jataúba.

 Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o assentamento vazio. O cenário era de destruição e desolação, com estruturas de moradia queimadas e sinais de violência.

 Momentos depois, uma liderança do movimento, identificada como Maria, chegou ao local e relatou que a área está atualmente em disputa judicial. Segundo ela, o suposto proprietário da fazenda, um homem identificado como Narcizo, teria comparecido à propriedade acompanhado de quatro homens armados, ameaçado os assentados, ateado fogo aos barracos e levado objetos pessoais e materiais de trabalho das famílias que viviam no local.

 As vítimas foram orientadas a registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil da cidade. Maria informou que já havia formalizado uma denúncia anterior sobre o caso e aguarda decisão da Justiça.

 A Polícia Militar informou que, no momento, não há medidas operacionais adicionais previstas, mas confirmou o registro de um boletim de ocorrência de caráter informativo. A liderança do assentamento recebeu o contato direto da Central do 24º BPM para eventuais desdobramentos.

 O caso levanta preocupações sobre a segurança de comunidades vulneráveis e o respeito ao devido processo legal em disputas de terras no interior de Pernambuco. Organizações de direitos humanos devem acompanhar o desenrolar da investigação.

Do: Blog Agreste Notícia

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