quinta-feira, 7 de agosto de 2025

JÚRI POPULAR CONDENA RÉU POR CRIME BRUTAL EM JATAÚBA; TRÊS ACUSADOS SÃO SOLTOS APÓS JULGAMENTO NO FÓRUM DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE

 Foi realizado ontem (quarta-feira), no Fórum de Santa Cruz do Capibaribe, o júri popular de quatro acusados envolvidos em um dos crimes mais chocantes registrados na zona rural de Jataúba, Agreste Central de Pernambuco, em março de 2023. Clique AQUI e relembre.

 A vítima, José Gilson da Silva, foi brutalmente assassinada dentro de um bar com golpes de garrafa, facada e um tiro no olho esquerdo. Em seguida, o corpo foi arrastado por cerca de 400 metros até um matagal, onde foi totalmente carbonizado.

 🔴 Réu confessa assassinato: “forte emoção” - Durante o julgamento, Gildo José Silva Custódio confessou ter sido o autor do homicídio, alegando que a vítima teria chegado alterada ao seu estabelecimento e, por estar tomado por uma forte emoção, cometeu o crime. Gildo também admitiu participação na ocultação do cadáver.

👨️ Ministério Público apontou motivo torpe e requintes de crueldade - O promotor de Justiça, Dr. André Ângelo, destacou que o crime foi praticado por motivo torpe, explicando que a vítima apenas teria perguntado duas vezes as horas e sugerido o fechamento do bar. Esse simples gesto, segundo a acusação, teria motivado uma reação desproporcional e cruel.

 “Gildo foi o grande arquiteto dessa peça macabra. Ele deu a garrafada, a facada e o tiro no olho esquerdo da vítima. Curiosamente, o mesmo olho em que ele perdeu a visão após uma briga no carnaval. Como se projetasse sua dor na vítima, que nada tinha a ver com seu passado”, afirmou Dr. Ângelo.

️ Julgamento e sentença - O Conselho de Sentença reconheceu a tese de homicídio privilegiado apresentada pela defesa técnica de Gildo, o que resultou numa pena mais branda. Ao final, Gildo foi condenado a 11 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado.

 Os outros três réus – José Eslande da Silva, Eronildo José da Silva e José Givaldo da Silva – negaram envolvimento no homicídio, respondendo apenas às perguntas de seus advogados. Eles confessaram apenas participação na ocultação do cadáver. Os três foram absolvidos da acusação de homicídio e condenados por ocultação de cadáver a penas de 1 ano e 3 meses de reclusão. Como estavam presos desde 2023, obtiveram o direito de responder em liberdade.

 O caso expõe a violência desmedida provocada por conflitos banais e reacende o debate sobre a aplicação de penas mais severas para crimes cometidos com extrema crueldade.

Do: Blog Agreste Notícia

Nenhum comentário: