Após quase 20 anos de espera o povo de Santa Cruz do Capibaribe vê concluída a obra de centralização de feiras e mercado.
Planejada e iniciada no governo do então prefeito Ernando Silvestre, quando teve a obra embargada por possíveis irregularidades financeiras, a mesma foi “destravada” no governo do então prefeito Antonio Figueiroa, que não conseguiu concluir, apesar de ter deixado o açougue pronto e em condições de funcionamento.
As obras foram retomadas na atual administração, do prefeito Edson Vieira, que através de sua equipe de administração, conseguiu liberação de verba através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), e até que em fim o povo teve restituído o que se perdeu há quase 20 anos.
Queria fazer aqui uma análise, considerando que há vários anos não se faz obra em nossa cidade com visão futurista.
A obra que ai está é digna de louvor administrativo e social, quando consideramos o princípio da centralização do comércio de frutas, verduras, cereais e carnes em geral, afora os boxes e barracas que atendem as demandas de lanches e produtos derivados. É notório que Santa Cruz, já há algum tempo, merecia ter retirado de suas ruas e avenidas centrais, as feiras livres que por um avanço natural já não era cabido para uma cidade desse porte, considerando o crescimento do município e a adaptação à realidade de uma cidade de porte médio, como é a nossa.
Nos termos acima, quero parabenizar a atual administração pelo esforço e pela conquista. Por outro lado quero analisar, tendo como base o planejamento inicial da obra, na administração do então prefeito Ernado Silvestre na década de 90 e o momento da conclusão, na atual administração, tendo a frente o Sr. Edson Vieira.
A obra foi projetada há quase vinte anos atendendo uma necessidade daquele momento, dentro de um planejamento que já deixava a desejar, e isso falo com relação ao açougue público e a área de abrangência das feiras. Nota-se claramente que não se tinha uma visão para no mínimo os próximos 30 anos. Isso fica provado hoje.
Quando se idealizou tal “central de feiras” não existia o “Moda Center Santa Cruz”, sinais de trânsito, engarrafamento, vias de acesso, duplicação da PE-160, binários, problemas com estacionamento de veículos entre outras situações atuais.
A necessidade de uma central de feiras é sem sombra de dúvidas uma dívida das administrações municipal com a sociedade há vários anos. No entanto, acredito que trazendo para a realidade de hoje faltou planejamento para atualizar este sonho.
Por exemplo: Acreditei que quando a “Central de Feiras” estivesse funcionando não mais veríamos os destetáveis e anti-higiênicos bancos de madeira sendo utilizados na comercialização de carnes, (que contraria os princípios do Código de Vigilância Sanitária). O correto seria que o açougue comportasse todos os comerciantes dessa área, no entanto, ao lado do atual açougue, ainda existem vários comerciantes em bancos de madeira.
O comércio de peixes não tem área para higienização do produto e descartes das vísceras, não havendo diferença da comercialização que já se fazia por trás do antigo açougue e nas esquinas de várias ruas. Os bancos de comercialização de caprinos espalhados pela cidade ainda se mantem.
Quem planejou não calculou que no auge das feiras do “Moda Center” teremos problemas sérios aos domingos e segundas-feiras no que se refere ao transito. Fato esse que já ocorria antes da inauguração da Central e que se agravará agora com essa nova demanda.
Volto a afirmar, que os nossos políticos, nas últimas décadas, não têm tido visão futurista tendo governado olhando para o próprio umbigo...
Por: Marcos Antônio
Do: Blog Agreste Notícia
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