Ela já havia pedido uma criança com quase nove meses de gravidez e nesta gravidez estava já com nove meses. Porém não conseguiu vaga em hospitais em Recife e foi encaminhada para o Hospital Tricentenário em Olinda onde após passar várias horas com os médicos forçavam um parto normal, nas ultimas fizeram uma cesariana e ela teve uma menina. Três horas depois começou a passar mal e teve parada cardíaca, sendo levada para o PROCOPE, no Hospital Osvaldo Cruz e depois transferida novamente e morreu na ambulância.
Os médicos colocaram como causa morte, embolia pulmonar, porém no IML de Recife foi contestada essa versão, afirmaram lá que ela estava com várias marcas rochas pelo corpo e que teve hemorragia e culminou com parada cardíaca.
Infelizmente, é mais um descaso que vemos e que talvez fique impune. Silvinha era irmã do meu genro, professora, alegre, gostava do que fazia e adorava crianças e por descaso da nossa saúde não pode ver sua filha e nem vai poder criá-la. Ela morava em Tejipió, no Recife.
PS. O que me consola ainda é quando vejo que médicos feito o cirurgião Dr. João Veiga, que foi Secretário de Saúde de Olinda e Diretor do Hospital da Restauração, ainda trabalha pelo bem da saúde Pernambucana e do mundo.
Dr. João Veiga trabalhou no Hospital Geral de Prazeres e é um verdadeiro exemplo de amor pela profissão. Ele salvou duas Israelenses, mãe e filha que foram baleadas no coração e costurou o coração das duas e as salvou. No início de sua carreira, acredito eu que, no Hospital de Prazeres, certa vez chegou um homem esfaqueado no coração e ele abriu o peito daquele homem e colocou a mão lá dentro para estancar a hemorragia e gritava pedindo anestesista para operar a vítima, não lembro se não tinha anestesista ou se o procedimento demorou, mas lembro que o Dr. João Veiga ficou lamentando dizendo que se tivessem sido rápido ele teria costurado o coração daquele homem e o mesmo poderia sobreviver.
Parabéns Dr. João Veiga, enquanto houver homens competentes e com amor pela profissão e pela vida das pessoas, ainda nos resta esperança. Que Deus o abençoe e o ilumine na sua profissão cada vez mais.
Por: Denizio Januário Crítico Literário
Do: Jornal Agreste Notícia
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