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Em entrevista contundente ao programa Política em Pauta, da Rádio Estação, o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) não poupou críticas ao seu ex-aliado político, o também deputado estadual Edson Vieira (União Progressista). Ao comentar a possibilidade de ambos estarem no mesmo palanque em apoio ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), numa eventual candidatura ao governo de Pernambuco, Diogo foi categórico: “Não converso com Edson, nem tenho intenção de conversar com ele”.
Durante a entrevista, Diogo ressaltou seu histórico de fidelidade ao Partido Socialista Brasileiro, do qual faz parte desde 1997, e fez questão de contrastar sua trajetória com a de Edson Vieira, a quem acusou de agir por conveniência política.
“Olha, eu posso dizer a você, como alguém que vem no partido desde 1997, meu pai é de 89, nós somos a raiz, Eduardo e agora João. Eu digo por nós que vamos montar o palanque de João aqui”, afirmou o socialista.
Diogo relembrou ainda o episódio de 2006, quando palanques distintos foram montados dentro do mesmo grupo político, e destacou que, caso necessário, o mesmo pode ocorrer agora. No entanto, deixou claro que, em Santa Cruz do Capibaribe, cidade de base eleitoral de ambos, não dividirá espaço com Vieira:
“Nós faremos o palanque do PSB em Santa Cruz de Capibaribe, que nós vamos estar aqui, e muita gente vai estar aqui apoiando quem sempre apoiou o João”.
A entrevista ganhou tons ainda mais fortes quando Diogo questionou a coerência política de Edson Vieira:
“Edson, não sei. Edson até um dia desse era Bolsonaro, e agora? Edson realmente pula de galho em galho. Sempre fica de um canto para outro. Quando der melhor para ele, ele vai, sem considerar ninguém”.
Diogo também atribuiu a derrota eleitoral de Edson em Santa Cruz ao que chamou de falta de compromisso e direção política:
“A prova está aí, a derrota acachapante que ele sofreu aqui em Santa Cruz. Por isso que Santa Cruz já viu e entendeu qual é a intenção de Edson na política”.
A declaração repercute fortemente no cenário político local e estadual, principalmente diante da expectativa em torno de uma possível candidatura de João Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Caso se confirme, a montagem dos palanques regionais poderá trazer à tona mais tensões como a que se evidencia entre Diogo Moraes e Edson Vieira — uma aliança que parece definitivamente rompida.
Com a afirmação “esse não é o nosso histórico, nosso histórico quer ser para o mesmo lado”, Diogo reafirma sua lealdade à base socialista e descarta qualquer possibilidade de reconciliação política com o ex-prefeito de Santa Cruz.
Do: Blog Agreste Notícia
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