Durante entrevista concedida ao programa Rádio Debate, da Polo FM, nesta semana, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Helinho Aragão (PSD), anunciou o fim da prática conhecida como “barracões” nas festas realizadas pelo poder público municipal. O modelo antigo concentrava a venda de bebidas em um único fornecedor, o que muitas vezes resultava em preços abusivos para os consumidores.
“Em todas as festividades que não houverem um patrocinador oficial de bebida, não haverá barracão. Os próprios barraqueiros e gasoseiros vão levar suas bebidas e vender pelo preço que quiserem”, afirmou o prefeito, citando como exemplo recente a Festa do Trabalhador, onde já foi adotado esse novo formato.
No caso específico do São João da Moda, que conta com um patrocinador oficial, o prefeito explicou que há uma licitação pública que define a marca de bebida comercializada dentro do evento. Neste ano, uma empresa venceu a concessão no valor de R$ 2,8 milhões e será responsável por disponibilizar a bebida oficial — que ainda não foi anunciada, mas já se sabe que não será a Itaipava, como nos anos anteriores.
“Se vier Brahma, é ela que vai ser vendida dentro do São João. Porque, se está patrocinando uma marca, não faz sentido estar vendendo outra. Mas isso não quer dizer que está proibido levar bebida. Nós vamos fazer mais filas esse ano pra liberar a entrada de bebidas no São João. Sou muito favorável a isso”, destacou Helinho.
O prefeito também se comprometeu a dialogar com o Ministério Público e a Polícia Militar para que o público possa entrar com mais bebidas no local. Segundo ele, a meta é garantir mais liberdade e conforto para os frequentadores do evento.
“Vamos conversar novamente com a empresa e com os órgãos competentes. Muita gente reclama que só pode entrar com uma bebida. A gente quer ampliar isso. Eu não vejo problema algum. O importante é respeitar a concessão quando ela existe e garantir que o povo tenha acesso mais justo nas festas”, finalizou.
A mudança sinaliza uma abertura da gestão municipal para práticas mais inclusivas nas festividades populares, buscando equilibrar os interesses comerciais com os direitos dos consumidores.
Do: Blog Agreste Notícia
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