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domingo, 11 de outubro de 2020

ERICA THAWANY DIZ QUE DEFENDERÁ DIREITOS DAS MULHERES E DA POPULAÇÃO MAIS VULNERÁVEL EM UM EVENTUAL MANDATO

 O jornalista Sidney Lima, apresentador do programa 30 Minutos de Prosa transmitido pela FanPage do Blog Agreste Notícia, entrevistou a candidata a vereadora, Erica Thawany (MDB), primeira transexual de Santa Cruz do Capibaribe a retificar o nome e se submeter a cirurgia da Capital da Moda.

 “Sou a primeira transexual da cidade de Santa Cruz do Capibaribe e venho militando nos movimentos LGBT, não foi fácil me tornar uma pessoa pública, foi com muita luta, foi com uma história de perseverança e luta por direito, foi que cheguei e alcancei esse espaço”, enfatizou no início da entrevista.

 Erica falou de seu ingresso no contexto político partidário, através de um convite da deputada Alessandra Vieira (PSDB).

 “No início eu recebi o convite da deputada Alessandra Vieira, aceitei esse desafio de representar essa população vulnerável que é a população LGBT, mas não somente ela, também a população negra, periférica, em situação de rua, as mulheres e pessoas com deficiência”.

  De acordo com Thawany, a Deputada Tucana sempre teve sensibilidade e acolhimento com a população mais vulnerável, percebendo em Erica um desejo de representar essas pessoas.

 “Sempre Alessandra teve esse acolhimento, como eu tomei esse título sendo a primeira transexual de Santa Cruz do Capibaribe, eu estava como referência daqui da cidade, quando era pra representar o município em alguma palestra, a gestão me convidava e depois eu tive uma fala com Alessandra e disse ‘Alessandra, eu quero de fato representar essa população’ e ela guardou isso para ela, para o momento exato, que foi esse, quando ela me chamou em sua casa e disse ‘Erica, eu vou te dar em tuas mãos, pra tu defender essa população que tu sempre lutou por direito, pois só tu que sente essa dor, que conseguirá trazer esse acolhimento”, ressaltou completando: “Alessandra é essa pessoa sensível, essa pessoa do povo, uma pessoa da população vulnerável. Eu vejo isso na pessoa de Alessandra, então, tenho uma gratidão a ela, sempre gratidão”.

 A candidata ainda falou da sua luta para mudar de nome e fazer a cirurgia em 2015, depois de ter sofrido desde 2011, muitos preconceitos, no entanto, conseguiu vencer suas metas em 2018.

 “Eu 2011 passei por muito preconceito, descriminação, mas não baixei a cabeça e segui em frente, quando em 2015 entrei com uma batalha judicial para retificar meu nome e em 2018 consegui a sentença favorável, no mesmo ano consegui fazer a cirurgia no Hospital das Clínicas e é com esse espírito de guerreira determinada que vou lutar para representar com muito amor, esse povo de Santa Cruz do Capibaribe”.

 Para Erica, a bandeira LGBT carrega muita dor com o preconceito, que segundo ela, chega a matar e que a força que encontrou para vencer esse preconceito, partiu de sua família.

 “Minha história, esse avanço que eu tive aqui em Santa Cruz do Capibaribe, foi com muita luta. A bandeira LGBT que eu defendo, é uma bandeira carrega muita dor... A força que tirei foi da minha família, foi por pensar nela que eu me fortaleci, por que o preconceito é muito grande, ele mata, o preconceito mata, mas foi por pensar em não deixar minha mãe chorando, meus irmãos chorando, meus avós, que eu venci o preconceito, eu venci! Hoje na última carreata, eu escutei várias coisas, por defender essa bandeira, por sair do meu estado de conforto, pois eu nunca fui uma Erica de tá ali, fechada, no conforto só pra mim, eu na verdade, sempre fui essa militante e sempre lutei por direitos, por espaço da população LGBT”, pontuou.

 Além dos direitos LGBT, Erica Thawany disse que a mulher será uma de suas principais bandeiras, citando por exemplo, a necessidade de uma Delegacia da Mulher.

 “A mulher! A mulher por que eu represento esse símbolo, essa imagem, de mulher. Então, eu me apoderei como eu digo, eu me apoderei como uma mulher trans e quero trazer esse olhar também as mulheres, para as costureiras de Santa Cruz que as vezes são tão pouco faladas, a profissional costureira... Eu quero sentar com Dida e Joselito, pois uma das minhas lutar será trazer a Delegacia da mulher, sentar, ver como a gente consegue trazer esse acolhimento para a mulher realmente ser atendida por uma mulher, registrar essas agressões em uma delegacia de mulher, ser acolhida por mulher, porquê, imagina Sidney, uma mulher ser agredida psicologicamente ou fisicamente e chegar na Delegacia e falar para o homem, a figura homem que foi quem lhe agrediu, falar pra ele como foi essas agressões”.

  Por fim, a candidata Erica explicou que muitos casos de agressões contra a mulher terminam ficando impune e que é necessário criar um órgão que realmente faça o acolhimento das vítimas.

 “É com muita história de violações de direito, que quero chegar naquela Câmara e realmente fazer com que, as pessoas tenham o seu direito garantido. Hoje eu tenho em meu guarda-roupas, acho que como muitos cidadãos aqui de Santa Cruz do Capibaribe, um boletim de ocorrência que nunca foi intimado, hoje eu guardo ali um boletim de ocorrência de 2011 e nunca essa pessoa foi intimada, então, é por essas pessoas que quero sim, defender o direito delas chegar em um órgão que realmente as acolham, que represente essas pessoas mais vulneráveis, a mulher, os negros, as pessoas indígenas, as pessoas periféricas que sofrem muito preconceito, os eficientes, e é com esse olhar que quero chegar lá”.

Assista o vídeo:

 Na próxima terça-feira (13), a partir das 18 horas, o programa 30 Minutos de Prosa será apresentado diretamente da casa do vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe e candidato a prefeito da cidade, Dida de Nan (PSDB), que será o entrevistado.

Do: Blog Agreste Notícia

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