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quarta-feira, 21 de março de 2018

MULHER E FILHA MANTIDAS EM CÁRCERE PRIVADO NA PARAÍBA RETORNAM PARA SANTA CRUZ APÓS CINCO ANOS

 Um vídeo mostra o momento em que uma mulher e a filha dela, de 2 anos de idade, foram resgatadas da casa onde eram mantidas trancadas com cadeado, em cárcere privado, durante 5 anos, na cidade de São Bento, Sertão da Paraíba. As imagens mostram a conversa da Polícia Civil com a vítima, quando ela explica a situação em que estava vivendo.
 “Ele ameaça de morte. Se eu denunciar, ele me mata”, relatou a vítima.
 Por uma brecha na porta, que está trancada com cadeado, um homem conversa com a vítima. A mulher explica que ficava presa o dia todo e que não saia nem para "varrer essa calçada".
 “Eu tenho muito medo. Eu já passei muito tempo nesse problema porque eu tenho muito medo de acontecer alguma coisa”, disse.
 O companheiro da vítima, de 59 anos, foi preso em flagrante suspeito de manter a mulher e a filha em cárcere privado. A informação foi repassada pela Polícia Civil e a prisão aconteceu na manhã da terça-feira (20).
 De acordo com as investigações policiais, o homem agredia as vítimas e as deixava sem comida. Mãe e filha só conseguiram se libertar do cárcere após uma vizinha ter percebido a situação e jogado um aparelho celular pelo muro para que a mulher chamasse a Polícia e pedisse ajuda.
 Em depoimento à polícia, o suspeito negou todas as acusações. Segundo ele, a mulher tinha liberdade para ir e vir, ela e a filha não eram agredidas. O suspeito falou também que não possuía arma de fogo, nem comportamento agressivo.
 Ele foi autuado por cárcere privado e, após audiência de custódia, foi encaminhado para a Penitenciária de Catolé do Rocha, também no Sertão.
Entenda o caso - O delegado Sheldon Andrius Fluck, responsável pelas investigações, disse que o casal morava junto há 5 anos e que desde então a mulher, uma pedagoga de 29 anos, teria sido submetida ao cárcere. Eles tiveram uma filha que atualmente está com 2 anos, que não teria sequer sido registrada e que também era vítima de todas as agressões. Ainda conforme o delegado, um laudo médico comprovou as agressões na mulher e na criança.
 Conforme o delegado, ele “alegou que ela foi para colação de grau em João Pessoa ano passado. Eu questionei ela e ela disse que fez uma faculdade à distância e que realmente foi para a colação em João Pessoa, mas não procurou ajuda porque ele estava com a filha deles em casa e ela não tinha nem registro. Se ele fizesse algo com ela, não teria nem como provar a existência da filha”.
 “Ela [a mulher] disse que ele as agredia constantemente e as deixava passando fome. Quando ele saía de casa cortava a energia e ameaçava a mulher de morte caso ela contasse a alguém. Ela não mantinha contato com ninguém, nem com a família. Os vizinhos, que moravam na região há cerca de três anos, nunca tinham visto a mulher nem a criança. Elas só saíram de casa para ir ao médico e mesmo assim eram enroladas com um cobertor, como foi no dia do parto”, detalhou o delegado ao falar sobre o que a vítima relatou à polícia durante o depoimento.
 Sheldon Andrius acrescentou que uma mulher que mora ao lado da casa onde as vítimas estavam sendo mantidas em cárcere privado ouvia barulhos e escutava o choro da criança, de modo que decidiu ajudar as vítimas arremessando o celular pelo muro para que a mulher pudesse pedir socorro para sair do cárcere.
 A vítima procurou a polícia e, ao chegarem no local, os policiais constataram o fato.
 “O lugar estava todo revirado, bagunçado e sem comida”, pontuou o delegado.
 O homem preso trabalha em uma empresa de materiais de construção. No depoimento, ele negou o cárcere privado, afirmou que a mulher tinha celular e que não a agrediu nem a deixou sem comida.
 A mulher foi ouvida e liberada. Segundo a polícia, ela iria voltar para a casa onde teria sido mantida em cárcere privado, pois a família dela é de Santa Cruz do Capibaribe no estado de Pernambuco.
 Após ter tomado conhecimento do caso através da imprensa, a equipe do Conselho Tutelar da cidade de São Bento foi à delegacia nesta tarde para apurar as informações e adotar as medidas cabíveis. De acordo com o órgão, a rede de proteção às vítimas foi acionada e mãe e filha foram encaminhadas para os serviços de assistência psicossocial do município.
 Elas estão em um endereço seguro aguardando a chegada de familiares. Clique AQUI e assista o vídeo.
Do: Blog Agreste Notícia

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