A aprovação de
auxílio alimentação no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) para os
vereadores de Santa Cruz do Capibaribe tem repercutido de maneira negativa na
cidade e também no estado, sendo inclusive destaque em uma reportagem da TV
Jornal que abordou o assunto.
A reportagem ainda compara o valor aprovado para auxílio alimentação dos vereadores de Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru que é de apenas R$ 300,00 (trezentos reais).
Na matéria o
repórter santa-cruzense Fernando Lagosta é um dos entrevistados e faz críticas,
já que segundo ele, boa parte da população sobrevive com um salário mínimo e os
parlamentares que já têm um salário alto, passarão a receber mais de um salário
mínimo para alimentação.
“A população que passa a viver apenas com um salário mínimo, tanto para alimentação como para todas as outras coisas do dia-a-dia, e aí, o que dizer para essa população, em uma situação como essa?”.
Assista a reportagem:
Vale destacar que,
além dos R$ 20.400,00 (vinte mil e quatrocentos reais) que sairão mensalmente dos
cofres públicos para o pagamento do beneficio aos 17 vereadores, todos os
servidores da Casa José Vieira de Araújo também terão direito a R$ 200,00
mensais de auxílio alimentação.
Muitas pessoas tem
se manifestado contrário a aprovação do benefício nas redes sociais e alguns
prometem realizar protestos durante a próxima reunião ordinária da Câmara
Municipal agenda para o dia 05 de Agosto, como é o caso de Valmir Ribeiro – empresário
e ex-sindico do Moda Center Santa Cruz – que no Facebook prometeu levar
alimentos não perecíveis para entregar aos parlamentares.
A aprovação do
projeto pelos 17 vereadores é visto pela população como uma manobra para
compensar o reajuste salarial para legislatura 2017/2020 aprovado no apagar das
luzes no ano passado, que foi suspendido pela justiça.
No programa Oposição
em Ação transmitido pela Rádio Polo FM, o vereador Ernesto Maia (PT) falou que
sua bancada (oposição) confirmou um acordo com a situação para a aprovação
deste e de outros projetos.
“Não foi feito por debaixo dos panos. O que foi feito foi em uma reunião ordinária, onde tinha a imprensa presente, foi colocado no Portal da Transparência da Câmara, foi feita uma licitação e posta no Diário Oficial… Dizer que foi feito por debaixo dos panos, não foi de maneira nenhuma, mas às claras. Quando se diz que a oposição e a situação só se entenderam para aprovar esse projeto, é outra mentira, vou provar aqui. Na votação que houve para dar aumento aos professores, ele chegou um dia lá na câmara, no mesmo dia votamos nas comissões e no mesmo dia votamos, em primeira e segundo turno, para dar aumento aos professores. Esses dias, chegou um projeto lá, que sabemos da desorganização da prefeitura e era um projeto ligado a benefício as crianças carentes, ligado à secretaria da primeira dama e que, se a oposição quisesse atrapalhar, era só exigir que se seguisse o rito normal. Aí, eles falaram com a oposição e novamente votamos na hora nas comissões e também em primeiro e segundo turno. Infelizmente, isso não é esclarecido para a população”, rebateu o vereador oposicionista.Do: Blog Agreste Notícia
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