CORPO DO CABO ADRIANO BATISTA É SEPULTADO SOBRE HONRARIA MILITAR

 O corpo do Cabo da Polícia Militar, Adriano Batista da Silva, de 42 anos de idade, foi sepultado no Cemitério Parque das Flores no bairro do Sancho na Zona Oeste do Recife, durante à tarde da última segunda-feira (31 de Agosto). Ele integrava o 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e foi homenageado por vários colegas de farda com horaria militar.

 Cabo Adriano foi assassinado na manhã do domingo (30), enquanto fazia patrulhamento no bairro Apipucos na Zona Norte da Capital Pernambucana. Clique AQUI e relembre. O acusado do crime é o Soldado Flávio Oliveira, que após uma discussão sobre questões raciais, sacou uma Pistola .40 e disparou contra a cabeça do comandante da viatura. Uma policial feminina que também fazia parte da equipe do Cabo Adriano presenciou o homicídio e ficou em estado de choque.

 A emoção tomou conta de amigos e familiares do PM que estava na corporação a pouco mais de 10 anos e era tido como um bom policial, que apresentava comportamento excepcional. Adriano Batista era casado e tinha um filho. Trabalhou na antiga 3ª Companhia Independente da Polícia Militar (3ª CIPM), hoje 24º Batalhão da Polícia Militar em Santa Cruz do Capibaribe, onde fez parte da equipe de Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicleta (ROCAM).

 No cortejo fúnebre houve uma salva de tiros e policiais cantaram o hino da Polícia Militar. Segurando a foto da família, a viúva do Cabo acompanhou de perto o enterro do corpo do PM sobre os aplausos do público presente.
 Em nota, o Comando da PM, Coronel Pereira Neto, repudiou "a forma assustadora e violenta em que ocorreu o episódio e já determinou, através do Comando do 11° Batalhão, onde os policiais são lotados, e do Centro de Assistência Social, total apoio aos familiares do PM". O Comando da corporação ressaltou "que o crime não choca apenas a sociedade, como também os cerca de 20.300 policiais militares, valorosos homens e mulheres, que na causa da segurança pública dedicam suas vidas para proteger o cidadão em todo território estadual, envergando seus uniformes e patrulhando cada região de Pernambuco com suas mais de 1.000 guarnições lançadas diariamente".
 O comando geral da Polícia Militar determinou luto oficial de três dias em todas as unidades da corporação e informou que a policial militar que estava na viatura no momento do sinistro, estar recebendo apoio psicológico.
 Segundo o presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS), Albérisson Carlos, a tragédia poderia ter sido ainda pior, já que o Soldado Flávio estava armado também com uma metralhadora. 
 No programa Conexão Urbana, o radialista Luciano Lopes reproduziu uma entrevista feita com o Cabo Adriano Batista na época que ainda era Soldado e trabalhava em Santa Cruz do Capibaribe. Ouça a entrevista acima.
Do: Blog Agreste Notícia