O Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado de Pernambuco (SINDIMUPE), em parceria com a Ordem dos Músicos do Brasil - Conselho Regional Pernambuco, estipulam o valor mínimo do cachê para os músicos e musicistas que vão trabalhar no carnaval pernambucano. Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, quando os empresários e contratantes pagavam de qualquer forma e valores diversos, agora eles vão precisar desembolsar no mínimo R$ 120,00 para profissionais que trabalham até 3h, nas denominadas orquestras itinerantes, e R$ 300,00 para aqueles que desempenharem suas funções por até 2h, em cima de trios e palcos. Os valores foram repassados para aos órgãos de cultura do Governo do Estado e municípios, que deverão se encarregar de fiscalizar os pagamentos dos profissionais, garantindo assim o valor mínimo estipulado.
A intenção do Sindicato é fortalecer a classe e evitar o que aconteceu durante vários anos em Pernambuco, quando os músicos eram contratados para trabalhar durante o período carnavalesco sem a observância da legislação em vigor.
“A regra adotada pelos contratantes era de não respeitar a jornada mínima de trabalho pertinente ao músico e ainda praticar pagamentos de caches ínfimos, sem falar nas condições de trabalho inadequadas e insalubres”, afirmou o presidente do Sindicato dos Músicos, Eduardo de Matos.Segundo a direção da SINDIMUPE, alguns profissionais que os procuram chegam a trabalhar por cerca de 10h ininterruptas durante os quatro dias do Carnaval, recebendo pelo exercício total da atividade profissional um valor em torno de R$ 350,00 o que dá menos de R$ 9,00 por hora trabalhada.
“Existem muitos músicos que são trazidos do interior do Estado e passam os dias da festa tocando durante várias horas para receberem esse valor. Queremos evitar essa prática desumana e criar uma nova cultura de valorização dos profissionais no Estado”, afirmou o presidente.Outras ações do Sindicato devem ser desenvolvidas antes mesmo do início do Carnaval, como por exemplo, uma campanha que torna obrigatório o fornecimento de protetor solar e água para os profissionais.
“Os músicos passaram muito tempo trabalhando de qualquer forma, desvalorizados. Queremos mudar essa realidade e para isso vamos precisar trabalhar muito para criar uma nova cultura de profissionalização e não de exploração”, finalizou Eduardo de Matos.Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria
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