Carta aos Irmãos Confeccionistas.
Queridos e amados irmãos, hoje me encontro exilado em um lugar que chamam de mundo financeiro, que eu prefiro de chamar "Deserto Social, Afetivo, Espiritual, Emocional e Familiar". Deserto este onde não se pensa mais no próximo e que os dias já não faz mais sentido, onde tudo é em torno do comércio.
Neste deserto, o domingo deixou de ser, o dia do Senhor e sim um dia de feira, feira da sulanca. Hoje aos domingos, desperto e logo, acordo os meus filhos dizendo: "Acordem filhos, pois hoje é domingo, hoje é dia de feira, é isso ai feira da sulanca". E logo me bate uma saudade, saudades daquele tempo e mundo que vivia antes de me exilar neste atual. Há que saudades daqueles domingos que a minha Mãe me acordava e dizia: Filho acorda, lave o rosto, tome banho, e vista a sua melhor roupa e vamos à missa, pois hoje é domingo "Dia do Senhor". Vá rápido, pois vamos à missa, depois passaremos na casa de sua tia tomaremos café, meio-dia almoçaremos na casa da Vovó e a tarde brincar com seus primos e amigos.
E é ao refletir minhas saudades, que eu realmente percebo quantas e grandes coisas estamos perdendo... Amados, domingo ainda é o Dia do Senhor. Segunda feira, ha! Essa é dia de feira!
Viva a sua família seu maior bem, não há deixe virar FAMI - ILHAS!
Por Wendell Galdino
Do: Jornal Agreste Notícia
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