As casas populares que foram construídas no Sítio Estrago em Brejo da Madre de Deus, ainda não foram entregues as famílias carentes. As obras iniciadas há mais de três anos, não estão finalizadas, as construções estão cobertas e rebocadas, mas não possuem instalações elétricas, água e esgoto. Cansados de esperar pela entrega dos imóveis, pelo menos duas famílias ocuparam as residências na quinta feira, 19 de Janeiro. Na manhã do domingo (29), o Estação Notícias fez uma visita as famílias que de portas abertas, nos receberam e nos deram entrevista. Os ocupantes afirmaram que são cadastrados, tiveram que investir nas casas e apenas estão tomando conta do que é deles. A dona de casa Maria de Fátima Guimarães Lima, 32 anos, mora com o esposo e o filho, contou que teve que vender duas máquinas de costura para terminar de construir a casa. “No começo a prefeitura entrou com o material e o pedreiro, nós ajudamos com o servente, mas a obra parou por um bom tempo, então, eu vendi duas máquinas de costura para poder terminar a casa e vim morar, tomar conta do que é meu. Algumas pessoas nos incentivaram a tomar esta decisão, se outras pessoas invadissem seria pior”, disse Maria de Fátima. “Tem pessoas pagando aluguel de R$ 150,00 e as casas aqui desprezadas, tem mais gente que virão pra cá”, contou Maria José Guimarães Mendes, de 50 anos de idade, mãe de Maria de Fátima que mora na casa ao lado com o esposo. As moradoras disseram que conseguiram arrumar a energia emprestada e que a água vem do matadouro público. “Gastamos mais de R$ 400,00 para conseguir trazer energia, Gatão Pacheco foi quem cedeu à energia do terreno dele que fica aqui próximo. E a água vem do matadouro público”, concluiu Maria de Fátima. Cada casa popular tem uma sala, dois quartos, uma cozinha e um banheiro, além de uma fossa séptica. Em breve Maria de Fátima e Maria José terão novos vizinhos, os trabalhos em uma casa ao lado estão avançados. Ainda segundo Maria de Fátima, várias pessoas foram lá conferir de perto as novas moradas e que não descarta a invasão, já que pessoas estranhas andaram sondando as casas e perguntando pelos donos.
Do: Estação Notícias
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