Durante toda à tarde desta segunda feira, Carolina de Gusmão Furtado, procuradora da República responsável pelo caso, participou de uma reunião com representantes da Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA) e Polícia Federal. O objetivo do encontro foi determinar a atuação dos órgãos envolvidos.
As apurações iniciais apontam para a prática de crimes de contrabando e uso de documento falso, além de crime ambiental. Porém, somente após a análise das informações coletadas é que o MPF poderá definir as possíveis medidas a serem adotadas contra os envolvidos. A Polícia Federal só deve divulgar na terça-feira (18) o nome do Delegado que ficará à frente das investigações.
No dia 11 de outubro, a Receita Federal apreendeu no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, 46 toneladas de lençóis sujos e material de uso hospitalar vindos da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, em dois contêineres. A importadora era uma empresa do polo têxtil de Santa Cruz do Capibaribe.
Perícia
Também nesta segunda-feira, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA) encaminhou para o Instituto de Criminalística de Pernambuco (IC) 30 kg de peças de tecidos apreendidos, no último sábado (15), em dois depósitos de uma mesma empresa têxtil em Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, o que resultou na interdição dos mesmos.
Segundo a APEVISA, os panos tinham as mesmas características daqueles encontrados nos contêineres no Porto de Suape, ou seja, com marcas de unidades de saúde estrangeiras e diversos tipos de manchas. O material não era lavado e um fardo de tecido com 1 kg era vendido a partir de R$ 8,35,00 de acordo com um dos funcionários da empresa, que não quis se identificar.
O objetivo da perícia é comprovar se as manchas encontradas nas peças são realmente de sangue e secreções humanas. O laudo da análise concluirá o processo administrativo sanitário, instaurado pela APEVISA. Ao final da investigação, a empresa poderá receber, desde uma advertência até a interdição definitiva, além de uma multa que pode variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Do: Jornal Agreste Notícia

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