
Além das agressões físicas, relata Demóstenes, o sofrimento se espalha nas relações de trabalho – “Aliás, Belarus informa que mais de 54% das mulheres já estão integradas no mercado e ganham como os homens”.
Além das discriminações corriqueiras, mas não menos absurdas, das familiares à representação política pífia. “Por isso, o Camboja quer chegar ao nível, veja só!, do Sudão, que anunciou mais de 25% de congressistas femininas – no Brasil, apenas 8,7% de deputadas na Câmara e temos somente dez colegas senadoras”, ressaltou.
Um problema brasileiro, disse Demóstenes Torres, é que as “platitudes” tomaram conta dos discursos até quando há fartura de dados para rechear o assunto. Silvia Pimentel, presidente da convenção para eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (CEDAW), não caiu no extremo politicamente correto da ministra Iriny. Também, não mostrou os números assombrosos da violência de gênero que lota as delegacias. Preferiu valorizar o fato de a presidente Dilma Rousseff ser a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral.
A Palestina, uma autoridade em platitudes como o Brasil, transportou a luta por território para o terreno do gênero e acusou Israel de ser o algoz das mulheres do outro lado da fronteira.
Os EUA, com atitudes mais realistas, pretendem regularizar a situação das imigrantes que trabalham clandestinamente, vindas de todos os lugares do planeta.
Buscam-se soluções igualmente para o envolvimento da mulher com o tráfico de drogas. É o mesmo rito masculino: começa usando, passa a vender e acaba morta ou presa. “E, como lembrou o Senador Pedro Taques, que também integra a missão de observadores do Congresso na ONU, tanto debate sério a ser travado em favor da mulher e a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Iriny Lopes, preocupada com Gisele Bündchen posar de calcinha e sutiã. Em Nova York, como em qualquer lugar do mundo, Gisele é quem está com todo o cartaz”, brincou Demóstenes Torres.
Do: Jornal Agreste Notícia

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