sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BEBÊ PODE TER MORRIDO POR OMISSÃO DE SOCORRO, O MOTIVO SERIA UMA AMBULÂNCIA SEM COMBUSTÍVEL

A mãe está inconformada com a perda
De quem é a culpa? Por que não transferiram? Essas são algumas das perguntas sem respostas que estão martelando a cabeça da dona de casa Lucia Regina Salvador, de 34 anos de idade, residente na Rua Antonio Vieira de Araújo em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus.
O detalhe é que, Regina e seu marido José Romero, de 32 anos, fizeram graves denúncias contra o péssimo sistema de saúde pública das cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus.
Regina estava grávida de seis meses do seu segundo filho. Ela deu entrada na Policlínica de Santa Cruz por volta das 13h00min da sexta feira, dia 24 de dezembro, com fortes dores.
Segundo informações do casal, as enfermeiras informaram que a gestante já estava em trabalho de parto e teria que ser transferida com urgência para o Hospital do IMIP em Recife, Capital Pernambucana, já que a gravidez era de risco e a criança nasceria prematura.
Após a informação da transferência foi informado também que as ambulâncias da Capital da Sulanca já estavam em outras transferências. A alternativa foi solicitar a ambulância de São Domingos, já que Regina reside no distrito. Funcionários da Policlínica da Capital da Sulanca entraram em contato com a Policlínica de São Domingos para solicitar a ambulância do distrito para transportar a paciente. Para surpresa de quem acompanhava o drama em que a mãe vivia, a ambulância estava sem combustível.
“Eles queriam me levar para o Brejo, onde iriam colocar combustível na ambulância, em seguida eu seria levada para o IMIP, o que não poderia acontecer, já que não haveria tempo para fazer essa trajetória. Então meu marido se propões a costear as despesas, mas não aceitaram e falaram que estavam vindo. Só depois de várias horas é que a ambulância de São Domingos chegou, mas já era tarde, meu filho tinha nascido e depois morrido sem socorro”, revelou mãe revoltada.
Um fato que merece destaque é que o motorista de plantão na ambulância de São Domingos era o “Dão”, que em julho do ano passado foi denunciado por uma família, que o acusou de omissão de socorro. Na oportunidade o motorista teria se negado a socorrer a idoso alegando estar sem sapatos, o que ocasionou a morte da idosa.
Regina esperou mais de três horas na Policlínica de Santa Cruz, quando já por volta das 16h00mim horas o bebê nasceu e as já passando das 17 horas a criança não resistiu e faleceu. “Os exames constatavam que o coração do meu menino estava batendo, mesmo assim nem ambulância de Santa Cruz e muito menos a de São Domingos chegaram. Meu filho morreu sem ter sido socorrido”.
Regina revelou também que, a todo instante pedia para ser transferida, mas era em vão. Os enfermeiros falavam que a ambulância já estava a caminho.
Segundo informações do Prof. Chiquinho que acompanhou todo o drama, o motorista da ambulância de São Domingos teria sumido. “Procuramos ele, entramos em contato várias vezes com a Policlínica de São Domingos e não tivemos respostas. Só por volta das 17h30min, a ambulância chegou com outro motorista que mim revelou que o Dão teria ido a sua residência pedindo para ele terminar seu plantão, alegando estar com fortes dores de cabeça e não teria condições de trabalhar, o que não me convenceu”, declarou Chiquinho que também informou que entrou em contato com Ozana irmã do Prefeito de Santa Cruz, onde a mesma se disponibilizou para colocar através da Prefeitura da Capital da Sulanca combustível na ambulância do distrito de São Domingos.
A mãe do garotinho disse que quando foi levada para fazer a coletagem na FUSAM da cidade de Caruaru, um funcionário da unidade o aconselhou a denunciar o caso, pois se tratava de uma vida que foi perdida graças a irresponsabilidade de pessoas que deveriam trabalhar salvando vidas.
Procuramos às diretorias das Policlínicas citadas, porem, não encontramos seus diretores.
Ficam as perguntas: Por que a ambulância de São Domingos que deveria ser usada para casos de urgência estava sem combustível? Qual foi as providencias que foram tomadas sobre o primeiro escândalo que envolveu motorista da ambulância do distrito? Será por que o motorista é cunhado de um vereador não pode ser punido? Por que a Policlínica de Santa Cruz não arrumou outra maneira de transferir a paciente?
Com a palavra a direção das Policlínicas.
Do: Jornal Agreste Notícia

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