A Associação Pernambucana de Medicina e Odontologia Legal (Apemol) realiza uma paralisação de 24 horas, nesta segunda-feira (22), em todo o Estado. Por conta disso, alguns serviços como necropsia e liberação dos corpos, no Instituto de Medicina Legal (IML), ficam prejudicados. A classe reivindica, principalmente, a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). Outra reclamação da classe, é quanto as condições de trabalho. Segundo o presidente da associação, Carlos Medeiros, a situação no IML de Caruaru é uma das piores. “ Precariedade no IML da Capital do Agreste é motivo para greve”, afirmou.
Ainda segundo ele, falta equipamentos de trabalho na unidade de Caruaru. Alguns corpos são transferidos para o Recife. “Esse problema acontece há bastante tempo e não é mais possível trabalhar desse jeito. Falta segurança, condições de higiene e exames complementares que não são feitos em Caruaru. Até luva, acessório indispensável, para os médicos da perícia, falta algumas vezes”, denunciou. Alguns funcionários do IML de Caruaru, que não quiseram se identificar, afirmaram que a liberação de alguns corpos são atrasada porque não existe equipamento de raio-x.
O movimento luta por uma equiparação de salário inicial com o mesmo valor oferecido para os delegados que é de R$ 5,8 mil. Os médicos legistas recebem cerca de R$ 3,5 mil. A classe esteve reunida na manhã de hoje para avaliar o movimento de paralisação e as próximas ações.
Ainda segundo Carlos, o Governo não mandou nenhuma proposta satisfatória quanto as reclamações dos médicos legistas. Hoje a tarde haverá uma assembléia para decidir se a grave pode se estender.
Do: Jornal Agreste Notícia
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