A Polícia Federal
alerta de forma preventiva sobre um golpe que finge ser de uma empresa de
pesquisa para clonar o WhatsApp. Aproveitando-se da pandemia do Covid-19, os
criminosos dizendo ser de um grupo de pesquisa (Datafolha), estão ligando para
o celular das pessoas sob o pretexto de estarem fazendo um levantamento de uma
pesquisa que será publicado no índice popular brasileiro. Quando a pessoa
aceita participar, o suposto funcionário pergunta sobre se alguém da família
teve sintomas do Covid-19. A linguagem é bem técnica e ao final para confirmar
a pesquisa, é informado que foi enviado para o celular via SMS um código com
seis dígitos. Quando a pessoa repassa os seis números, o WhatsApp é clonado e
os bandidos passam a aplicar golpes financeiros acessando a agenda telefônica
das vítimas (contato) para tentar alguma vantagem financeira com algum parente
ou pessoas próximas (amigos) solicitando dinheiro emprestado. As desculpas são
as mais diversas e vão desde que o limite de transferência acabou, o carro
quebrou e precisa de dinheiro urgente ou precisam do código para a ativar a
venda ou sorteio do produto.
O Instituto
Datafolha tem realizado algumas dessas pesquisas por telefone, mas em nenhum
momento são enviadas mensagens de confirmação para o celular das pessoas. Um
levantamento feito pela empresa de cibersegurança PSafe (desenvolvedora de
aplicativos de segurança) apontou que, a cada dia, 23 pessoas são vítimas de
clonagem de suas contas de WhatsApp em todo o país. E os golpes financeiros,
envolvendo os contatos de quem tem sua conta invadida já atingiu 8,5 milhões de
brasileiros.
Como
o WhatsApp é clonado? - Quando os usuários navegam em sites
como Amazon, Mercado Livre, OLX, Facebook e colocam suas informações,
principalmente o número telefônico (que é muitas vezes um requisito para se ter
uma conta em tais sites), os criminosos conseguem copiar o número do celular da
pessoa. Daí em diante eles cadastram indevidamente o número do telefone do
usuário em outro celular e após esse processo, um SMS contendo um código de
liberação de acesso é enviado para o celular da vítima, sob o pretexto de
segurança da conta. Depois ela é induzida a fornecer esse código ao bandido, ao
enviar o número a conta de WhatsApp é bloqueada e o criminoso passa a usar a
conta se passando pelo dono do aparelho e começa a enviar mensagens para os
contatos de sua agenda telefônica na tentativa de roubar dinheiro de pessoas
próximas (parentes e amigos).
A tática utilizada
pelos criminosos é sempre se passar por funcionários de empresas ou
representantes de segurança onde a pessoa fez a publicação de um anúncio de
compra ou venda, sob a alegação de que houve uma tentativa de invasão das
informações colocadas pela pessoa na internet e para que esses dados se tornem
mais seguros de faz necessário informar o código que foi enviado via SMS para o
celular da pessoa. Outra tática utilizada bem recente é quando os bandidos se
passam por agentes de pessoas famosas, ligando para o celular das vítimas,
informando que elas têm direito a um convite para participar de uma “Festa Vip”
na casa ou num hotel luxuoso patrocinado pelo artista. E para que haja a
confirmação da pessoa no evento, elas são induzidas a fornecer o número enviado
para o celular, que nada mais é do que o código de ativação para clonar o whatsapp.
Vários famosos já tiveram seus nomes envolvidos na fraude como: Xuxa Meneghel,
Preta Gil, Giovanna Ewbank, Hugo Gloss, Celso Portiolli, dentre outros.
Como
evitar ter seu WhatsApp clonado?
A) Faça a
ativação de confirmação em duas etapas, criando um código (PIN) com seis
dígitos.
No sistema IOS (Iphone) vá em Ajustes/Conta/Confirmação
em duas etapas.
No sistema Android (Samsung) vá em Configurações/Conta/Confirmação
em duas etapas.
B) Nunca
forneça ou envie o código de ativação a ninguém sob nenhuma hipótese. Nem
empresas e nem famosos tem o direito de ter acesso ou solicitar essa numeração.
Isso é um dispositivo de segurança que diz respeito apenas ao WhatsApp e só
podem ser acessados pelo dono da conta e por ninguém mais; A única função desse
código é a liberação do WhatsApp para ser instalado em um novo aparelho
celular. Portanto se a pessoa não comprou um celular novo ou não fez o
procedimento de voltar as configurações de fábrica, o único motivo para estar
recebendo esse código é porque um golpista está querendo cloná-lo.
C) É importante
que as pessoas leiam a mensagem que está recebendo porque via de regra quando o
código é enviado a mensagem já informa que é a autenticação de segurança do
WhatsApp.
O
que fazer caso seu WhatsApp tenha sido clonado?
A) Tente instalar o aplicativo o mais rápido possível. Se
der sorte, o golpista não terá colocado a senha enviada pela vítima e será
possível retomar a conta.
B) Envie um e-mail para support@whatsapp.com informando
seu número no formato internacional (+55 9 0000 0000), solicitando bloquear o
WhatsApp clonado; ou vá em ajustes/ajuda/faleconosco e informe o problema caso
seu celular seja sistema IOS (iphone) ou configurações/ajuda/faleconosco, caso
seu celular seja sistema Android (Samsung). O perfil permanecerá suspenso por
30 dias para que você consiga reativá-lo. Depois que a linha estiver ativa
outra vez, reinstale o aplicativo do WhatsApp e configure a conta. Se a sua
conta não for reativada dentro de 30 dias, ela será completamente apagada dos
servidores do WhatsApp e será necessário cadastrar outro número.
C) Entre em contato com a operadora do celular e solicite
a suspensão temporária da linha telefônica. Em seguida, vá até uma loja
autorizada da empresa de telefonia, apresente os documentos legais do titular
da conta e peça para transferirem o número da linha telefônica para um novo
chip. O procedimento é feito na hora.
D) Informe as pessoas dos seus contatos, através de redes
sociais que sua conta foi clonada e que elas podem ser vítimas de crimes
financeiros utilizando o seu nome.
E) Vá até uma Delegacia de Polícia Civil mais próxima e
preste um Boletim de Ocorrência a fim de que possa iniciar uma investigação
policial. Os crimes para quem se apropria da conta de WhatsApp de terceiros
pode ser configurado como invasão de dispositivo telemático, falsidade
ideológica, estelionato e furto, com penas que variam de 3 a 15 anos, além de
multa.
Do: Blog Agreste Notícia
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