A Polícia Federal em Pernambuco deu cumprimento,
no dia de ontem (quinta-feira), a 10 mandados de busca e apreensão expedidos
pela 13ª Vara Federal do Recife, na denominada Operação Coffee Break, um
desdobramento da Operação Casa de Papel, deflagrada no mês passado.
De acordo com os dados coletados na investigação,
as empresas controladas pela organização criminosa apurada na Operação Casa de
Papel vêm sendo beneficiadas há tempos com contratações milionárias efetuadas
pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, de quase R$ 40 milhões de
reais.
Essa nova fase da investigação apura a
solicitação de vantagem indevida feita por um servidor comissionado da ALEPE,
que atuava na comissão de pregoeiros e no setor responsável pelos pagamentos,
em razão de estar favorecendo internamente essas empresas. O pedido de propina
foi travestido de um convite para tomar um café, daí o nome da operação Coffee
Break.
Quatro mandados estão foram cumpridos na ALEPE
e os demais em residências de alguns envolvidos em Recife (Poço de Panela,
Bongi, Graças), Gravatá e Ipojuca.
O servidor comissionado e o líder da
organização criminosa estão sendo indiciados pela prática dos crimes de
corrupção, advocacia administrativa e dispensa indevida de licitação.
Foi determinado pelo Juiz Federal, ainda, o
afastamento temporário do referido servidor comissionado de suas funções de
pregoeiro bem assim de qualquer atribuição que envolvesse licitações e a
execução de contratos.
Nenhum gabinete de deputado foi alvo de buscas
- o setor que a PF arrecadou documentos é Superintendência Geral da ALEPE,
Superintendência de Planejamento e Gestão (SUPLAG) e comissão de licitação e
sala dos pregoeiros.
Do: Blog Agreste Notícia
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