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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

APÓS INTERROGATÓRIOS DE RÉUS, SESSÃO É ENCERRADA E DEVE TER CONTINUIDADE AMANHÃ


 Teve início na manhã e se estendeu pela tarde desta quinta-feira (27), o julgamento dos acusados de assassinar o garoto Flânio da Silva Macedo que tinha 9 anos de idade, quando em julho de 2012 foi estuprado e sacrificado em um ritual satânico em uma encruzilhada na estrada das Camarinhas na zona rural do Brejo da Madre de Deus, Agreste Central de Pernambuco.
 A vítima trabalhava pegando frente em uma feira livre na cidade vizinha, Santa Cruz do Capibaribe no Agreste Setentrional do Estado, quando foi atraída por um dos acusados. O desaparecimento do garoto foi registrado no dia 1º de julho daquele ano, no entanto, o corpo foi encontrado despido, com as pernas e braços amarrados, além de decapitado.
 Os réus Maria Edileusa da Silva (Filó), o marido Genival Rafael da Costa (Pai Véi), Edinaldo Justo dos Santos (Pai Nau) e Edilson da Costa Silva (Pai Denis), foram presos no mesmo dia em que o cadáver foi localizado. Vale relembrar, que na época, a mulher confessou o crime e apontou a participação de cada um dos envolvidos.
 Os quatro acusados foram apresentados hoje a Júri Popular no 4º Tribunal do Júri em Recife-PE, em sessão presidida Excelentíssimo Juiz de Direito, Abner Apolinário, que iniciou o interrogamento do ‘Pai Nau’ por volta das 10 horas da manhã. Por cerca de uma hora e meia, Réu negou ter participado do crime brutal, mesmo caindo por diversas vezes em contradição.
 ‘Nau’ tentou sensibilizar os jurados afirmando que era um comerciante, pai de três filhos, casado, que gostava de ajudar as pessoas. Ao ser questionado pelo qual motivo foi envolvido no processo, ele justificou que a Edileusa lhe odiava, mesmo admitindo já ter realizado trabalhos (rituais) com a mesma.
 Ele ainda disse que não era amigo e nem tampouco inimigo do ‘Pai Véi’, já que segundo ele, não tinha proximidade com o mesmo. No interrogamento do Genival, logo após o do ‘Pai Nau’, ele disse desconhecer qualquer intriga de sua esposa e o Edinaldo. ‘Pai Véi’ informou que frequentava a casa do ‘Nau’ e acompanhava seu trabalhos e que a Edileusa era ‘Filha de Santo’ do ‘Pai Nau’.
 Mesmo com um vídeo registrado por câmeras do circuito interno de monitoramento de um estabelecimento comercial, em que aparece ao lado do menino passando em uma bicicleta, o ‘Pai Véi’ nega ter dado carona a vítima, de ter estuprado e qualquer participação na morte de Flânio Macedo.
 Edileusa foi a terceira a ser interrogada e durante a maior parte da sessão, contou detalhes como o crime teria sido praticado. Segundo ela, o ‘Pai Nau’ era possuído por algumas entidades, uma delas de nome Maria Padilha, enquanto o seu companheiro era por Exu Caveira. Os dois, de acordo com ele, teria estuprado a criança e depois degolado a mesmo que posteriormente foi decapitado com uma espécie de torniquete.
 ‘Filó’ ainda disse que durante muitos anos era agredida por ‘Pai Véi’ e que teria medo dele, bem como, do ‘Pai Nau’. Relatou ainda que, no dia do fato, foi levada para o local em um carro, mas não soube informar quem seria o motorista do veículo. Ela alegar ter pedido socorro e tentado correr, mais foi impedida pelos criminosos que assassinaram o menino e beberam o sangue da criança misturado com shampain.
 Após a parte dos questionamento realizados pelo Juiz e pelo promotor Dr. José Edvaldo, quando indagada pelos advogados de Defesa, Edileusa voltou atrás e disse que tinha sido ameaçada para inventar tudo aquilo que havia dito.
 O Denis foi interrogado em seguida e negou qualquer participação no crime. Confessou que era amigo do ‘Pai Nau’ e que realizava trabalhos, mas não com pessoas humanas.
 Um detalhe que chamou a atenção, é que o promotor de Justiça, Dr. José Edvaldo, disse que ainda avalia a suposta participação de mais duas pessoas. Na época, foi cogitado a possibilidade de um quinto envolvido, no entanto, até o presente, as investigações não conseguiram comprovar a participação de mais pessoas, no entanto, no depoimento de ‘Filó’, mais duas pessoas foram citadas, sendo um chamado ‘Pedrinho’ e outro de ‘Pai Antônio’, o qual, Edileusa o denominou de ‘Bruxo’.
 Já por volta das 15 horas, o Juiz encerrou a sessão para dar continuidade nesta sexta-feira (28), às 9 horas da manhã, já que a estimativa é que o julgamento dure pelo menos mais dez horas.
  Os repórteres Sidney Lima e Randerson Mardoquel acompanharam o julgamento e trouxeram informações ao vivo através da FanPage do Blog Agreste Notícia, inclusive com a participação do excelentíssimo juiz Abner Apolinário. Confira:

Do: Blog Agreste Notícia

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