A primeira semana de Jair Bolsonaro (PSL) como
presidente eleito foi um verdadeiro desastre aos brasileiros e ao país perante
o mundo, com um show de amadorismo, bate-cabeça e idas e vindas. Esta é a
avaliação do líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), que, em
discurso na terça-feira (06), em sessão do Congresso Nacional, ressaltou que
até a volta da CPMF está sendo cogitada e que a inconsequência na política
externa já provocou uma série de fortes reações diplomáticas.
Para Humberto, os primeiros dias do capitão
reformado depois do fim do 2º turno já resultaram em retaliação por parte da
China, inquietude de países da União Europeia e irritação completa das nações
do Mercosul – sem contar a decisão do Egito de cancelar uma visita oficial do
ministro de Relações Exteriores do Brasil com a cúpula do governo daquele país.
“Tudo isso, em tão pouco tempo, para se alinhar aos Estados Unidos, de quem o futuro governo se propõe a ser capacho. Inclusive, seremos um dos únicos do mundo, ao lado dos EUA, a transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que irrita os países árabes, com quem temos grandes laços históricos e comerciais”, disse.
O parlamentar entende que a equipe de
transição do governo Bolsonaro tem como marca o estelionato. Ele observa que o
presidente eleito, inclusive, nomeou um estelionatário condenado na Justiça
para ocupar um dos cargos. Trata-se de um aliado dele da Paraíba, enquadrado
três vezes na Lei Maria da Penha. Entre os nomeados para a equipe, estão sete
militares e o maior financiador de sua campanha. Nem uma mulher até agora.
“Esse grupo é o extrato do que será sua gestão. Bolsonaro segue em campanha, destilando ódio de maneira irresponsável; repetindo a mentira do kit gay, como forma de manter um link com eleitorado que enganou; e mandando que professores sejam gravados com a finalidade de os constranger em sala de aula. É um verdadeiro caos”, completou.
Humberto também criticou a ideia de criação de
novos e velhos impostos, como a CPMF, e garantiu que a oposição estará atenta a
todos os passos do novo governo.
“É preciso vigilância e resistência à pauta nefasta que Bolsonaro quer instaurar no país. Pelo andar da carruagem, se mantivermos o Brasil de pé, as instituições democráticas funcionando e assegurarmos as eleições em 2022, já terá sido grande vitória”, finalizou.
Do: Blog Agreste Notícia
Fonte: Assessoria
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