As primeiras tubulações da Adutora do Agreste,
a maior obra hídrica em execução no país, ganham funcionalidade. A Companhia
Pernambucana de Saneamento (COMPESA) iniciou a fase de testes do Lote 4 do
empreendimento, que vai permitir levar água de Caruaru para abastecer Toritama,
no Agreste Setentrional, uma das regiões mais castigadas com a seca prolongada
em Pernambuco.
A antecipação do uso das tubulações já
assentadas da Adutora do Agreste para socorrer a cidade de Toritama, importante
polo têxtil e de desenvolvimento da região, foi uma determinação do governador
Paulo Câmara.
Nos próximos 15 dias, será realizado o
enchimento das tubulações com água do Sistema Prata/Pirangi para se fazer os
ajustes e correções necessários nesse trecho da adutora, com 13 quilômetros de
extensão, ao longo da BR-104.
A expectativa é que os testes sejam concluídos até
o início do mês de novembro deste ano.
“Durante o período de testes, podemos identificar possíveis problemas operacionais e providenciar os reparos necessários, antes que o sistema passe a funcionar de forma definitiva, beneficiando a população tão sacrificada com os efeitos da estiagem prolongada", explicou o diretor Técnico e de Engenharia da COMPESA, Rômulo Aurélio Souza, pontuando que o início da operação do sistema vai beneficiar 50 mil toritamenses.
O Lote 4 da Adutora do Agreste já está 75%
finalizado e ainda atenderá a cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Agora, estão
em execução sete lotes do empreendimento no Estado com a atuação de 15 frentes
de trabalho simultâneas, em função da irregularidade dos repasses pelo governo
federal. No mês de setembro, a Adutora do Agreste contava com 20 frentes de
trabalho, e no pico da obra, neste ano, chegou a 35.
“O andamento dessa obra depende dos recursos do governo federal. Do início do ano até agora, recebemos apenas R$ 67,6 milhões. No entanto, a nossa expectativa era de R$ 360 milhões, no ano de 2017”, informa Rômulo Aurélio.
Até o momento, já
foram implantados 400 quilômetros de tubulações da Adutora do Agreste,
principal obra complementar em Pernambuco projetada para receber água da
Transposição do Rio São Francisco. A obra representa a solução definitiva para
que o abastecimento de água de 2 milhões de pessoas em 68 municípios da região
não dependa mais de eventos climáticos. O Agreste é a região com o pior balanço
hídrico do Brasil, ou seja, apresenta o menor índice de disponibilidade de água
por habitante. A primeira etapa (licitada) da Adutora do Agreste foi iniciada
no ano de 2013 e corresponde ao conjunto de obras para beneficiar 23
municípios. A segunda etapa do projeto ainda não foi conveniada e atenderá os
outros 45 municípios da região.
Do: Blog Agreste Notícia
Fonte: Assessoria
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