Na noite de domingo (2), o comunicador Júnior Albuquerque foi capturado por uma câmera de monitoramento disparando contra animais com uma arma de gel no distrito de Pão de Açúcar, em Taquaritinga do Norte. As imagens, que mostram claramente o momento dos disparos, causaram revolta e rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando grande repercussão.
A denúncia mobilizou o vereador e advogado animalista de Caruaru, Anderson Correia, que esteve no local acompanhado da Guarda Civil Municipal (GCM) para realizar uma perícia. O parlamentar garantiu que acionará a Justiça para que o caso não fique impune.
A ex-vereadora de Santa Cruz do Capibaribe e ativista da causa animal, Nega da ONG, formalizou um boletim de ocorrência contra Júnior Albuquerque e afirmou que buscará todas as medidas legais necessárias para responsabilizá-lo.
“Estou chegando agora de Taquaritinga, estive na delegacia, a gente fez um boletim de ocorrência. Inclusive, o imputado também esteve lá, alegando que não teve a intenção de machucar os cachorros, alegando que o tiro não pegou nos cachorros. Nós questionamos ele: o que leva uma pessoa a entrar no seu carro, pegar sua arma e dizer ‘não tenho nada pra fazer, vou atirar nos cachorros de rua’? Ele não respondeu. Não estou aqui para condenar ninguém, mas vou até onde a lei permitir”, declarou Nega da ONG.
“A gente recebeu uma denúncia anônima de que um radialista aqui da região de Taquaritinga estava disparando com arma de gel nos animais de rua exatamente nessa rua. A gente não pode aceitar que covardes cometam crimes contra os animais, que já vivem em situação difícil. Eles já estão na rua e, ainda assim, vem um indivíduo, pega uma arma de gel e atira de forma cruel nesses animais. Um tiro de arma de gel atingindo o olho de um animal pode deixá-lo cego, e isso não pode ser aceito. O que eu vou fazer como advogado, em parceria com a Guarda Municipal de Taquaritinga do Norte, é oficiar o delegado da cidade para que as investigações sejam iniciadas e esse indivíduo possa ser responsabilizado pelos seus atos. Quem comete crime contra cães e gatos pode responder a uma pena de dois a cinco anos de prisão, e a gente não vai deixar esse caso passar impune. Vamos até o fim”, explicou Anderson Correia.
O caso reforça a necessidade de punição para maus-tratos contra animais e reacendeu debates sobre a efetividade das leis de proteção animal no país. A expectativa é que as autoridades tomem providências para garantir a responsabilização do suspeito.
Nota de esclarecimento - Venho através desta nota, fazer alguns esclarecimentos para a sociedade.
Está circulando um vídeo onde eu apareço em uma situação, a qual reconheço que não deveria ter acontecido. É importante destacar que em nenhum momento os animais foram atingidos, pois essa nunca foi a intenção.
Mesmo sem nunca ter maltratado nenhum animal, reafirmo meu arrependimento e mais uma vez peço desculpas pelo ocorrido e estou pronto para arcar com a responsabilidade necessária.
Quero aqui afirmar que procurei as autoridades, relatei o ocorrido e me coloquei à disposição. Preciso afirmar também que não vou aceitar ser atacado ou ofendido por alguns que buscam apenas tirar proveito político.
Quem me conhece sabe que nunca fugi das minhas responsabilidades e dessa vez não vai ser diferente.
Sempre procurei ajudar as entidades que cuidam dos animais, sabendo da importância dessas entidades para a sociedade.
Por fim, agradeço a vários amigos e à minha família pela força nesse momento, reafirmo que em momento algum os animais foram atingidos porque essa nunca foi minha intenção, e estarei à disposição para qualquer esclarecimento.
Que Deus abençoe a todos.
Júnior Albuquerque
Assista o vídeo:
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