quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

DIVA PACHECO: A MULHER QUE DEU VIDA E ALMA À PAIXÃO DE CRISTO DE NOVA JERUSALÉM

 O Distrito Eco-Turístico de Fazenda Nova, no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste Central de Pernambuco, foi o berço de uma das maiores figuras da cultura teatral brasileira: Diva Pacheco. Filha de Sebastiana e Epaminondas Mendonça, criadores da encenação da Paixão de Cristo na vila, Diva cresceu imersa no universo das artes cênicas.

 O destino a uniu ao jornalista e militar gaúcho Plínio Pacheco, que viajou a Fazenda Nova para cobrir o espetáculo para o jornal onde trabalhava. Apresentados pelo irmão de Diva, Luiz Mendonça, os dois se apaixonaram. Após uma temporada no Rio Grande do Sul, retornaram ao Agreste pernambucano, onde Epaminondas entregou a Plínio a produção da Paixão.

 A partir de então, teve início a construção da grandiosa cidade-teatro de pedra, Nova Jerusalém, que se tornaria o maior teatro ao ar livre do mundo. Diva Pacheco esteve ao lado do marido em cada etapa desse projeto audacioso, participando ativamente da confecção de figurinos e adereços, além de atuar em diversos papéis, incluindo Maria, mãe de Jesus, que interpretou por 17 anos.

 Além de sua marcante contribuição para a Paixão de Cristo, Diva teve uma trajetória brilhante no cinema e na televisão. Atuou na primeira versão de O Auto da Compadecida (1968), filmado em Brejo da Madre de Deus, e em outras produções cinematográficas como Vingança dos 12, Faustão, A Noite do Espantalho e O Boi Misterioso e o Vaqueiro Menino.

 Seu talento a levou também para a teledramaturgia nacional, estreando na Rede Globo em 2005 com a personagem Sulanca, na novela A Lua Me Disse, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa.

 O último projeto artístico de Diva foi o musical Pastoril de Diva Pacheco, dirigido por Wagnner Sales, onde mais uma vez sua paixão pelas artes brilhou intensamente.

 Diva Pacheco não foi apenas uma atriz, mas uma visionária que ajudou a transformar a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém em um espetáculo de renome internacional. Seu legado é eterno, e sua história continua a inspirar gerações de artistas e admiradores da cultura nordestina.

Do: Blog Agreste Notícia

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