sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

POLÊMICA EM SANTA CRUZ: DEPUTADO E VEREADOR PULAM MURO DURANTE FISCALIZAÇÃO E VIRAM ALVO DE DENÚNCIA

 A cidade de Santa Cruz do Capibaribe foi palco de uma grande polêmica política envolvendo o deputado estadual Abimael Santos (PL), o vereador Adilson Vitorino (PL) e o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente Marcelo Kumaru. O episódio teve início quando o vereador foi impedido de entrar na Central de Feiras e Mercado para uma suposta fiscalização. A partir daí, a situação escalou rapidamente e gerou grande repercussão.

Parlamentares Alegam Obstrução e Pulam o Muro - O vereador Adilson Vitorino decidiu realizar uma fiscalização na Central de Feiras e foi barrado por funcionários do local. Diante da negativa, acionou o deputado Abimael Santos, que se deslocou até o local e decidiu realizar a fiscalização conjunta. Contudo, segundo os parlamentares, eles continuaram impedidos de adentrar ao espaço, o que levou a uma atitude extrema: ambos usaram uma escada e pularam a grade de proteção para entrar no local.

 Em vídeos postados nas redes sociais, Abimael e Adilson relataram que a ordem para impedir a entrada teria partido diretamente do secretário Marcelo Kumaru.

 “Nós estamos em Santa Cruz, na Central de Feiras, onde um vereador foi impedido de fiscalizar. Um rapaz por nome de Marcelo Kumaru proibiu o vereador de exercer sua função. Chamou o deputado, então se não deixar entrar, o deputado vai pular!” – declarou Abimael Santos antes da ação.

 O deputado estadual ainda mencionou um projeto de lei de sua autoria, que prevê multas para servidores que impeçam a fiscalização de parlamentares. Ele reforçou sua posição afirmando:

 “Eu coloquei uma lei na Assembleia para punir o funcionário que impedir a fiscalização de vereador ou deputado. Não só ser penalizado, mas ser multado”.

 O vereador Adilson Vitorino endossou a fala do deputado e sugeriu que a multa saísse do bolso do secretário.

 Durante a invasão, Abimael Santos chegou a discutir com um funcionário, que alegou ter votado nele, mas se disse arrependido diante da cena:

 “O senhor está com autorização para entrar? Eu votei em você para ser deputado, isso é papel de deputado?”. – questionou o servidor.

 O deputado, por sua vez, rebateu de forma incisiva:

 “Você votou em mim pra quê? Pra eu fiscalizar ou pra ficar comendo seu dinheiro no ar-condicionado? Se você votou em mim pra ficar no ar-condicionado, perdeu seu voto, porque eu vou fiscalizar toda obra que tem em Pernambuco”.

 Após a invasão, os parlamentares afirmaram que a obra na Central de Feiras está sendo bem feita, mas questionaram o atraso na entrega e a falta de transparência na execução.

Secretário Rebate e Anuncia Medidas Judiciais - Após a repercussão do caso, o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcelo Kumaru, se manifestou por meio de um vídeo em suas redes sociais, onde classificou a atitude dos parlamentares como invasão e os acusou de danificar patrimônio público, além de ameaçar servidores.

 “Estava em uma reunião quando recebi a informação de que a Central de Feiras estava sendo invadida. O pior e mais triste é que foram parlamentares, um vereador e um deputado estadual. Além de invadir, quebraram o patrimônio público, a escada e a cerca. Isso é muito triste para quem está trabalhando para entregar essa obra”.

 O secretário ainda confirmou que uma queixa foi prestada na delegacia de Santa Cruz do Capibaribe e que as medidas judiciais cabíveis serão adotadas contra os parlamentares.

 “Nosso jurídico já foi acionado e está tomando as providências. Nossos funcionários também foram ameaçados durante essa invasão”, – concluiu Cumaru.

Repercussão e Possíveis Desdobramentos - O episódio gerou grande repercussão na cidade e nas redes sociais. Enquanto apoiadores dos parlamentares defendem que a fiscalização foi legítima e criticam a gestão municipal, adversários políticos acusam a dupla de desrespeito às leis e abuso de autoridade.

 Com o caso registrado na delegacia, é possível que a Justiça investigue os danos ao patrimônio público e as supostas ameaças relatadas pelos funcionários. A polêmica também levanta questionamentos sobre os limites da fiscalização parlamentar e o respeito às regras administrativas.

 A questão agora é: a atitude dos parlamentares foi legítima ou uma invasão arbitrária? O caso promete novos desdobramentos nos próximos dias.

Assista o vídeo:

Do: Blog Agreste Notícia

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