Hoje, o prefeito Fábio Aragão (PSD), filho do saudoso vereador Fernando Aragão, postou um vídeo em suas redes sociais se despedindo da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste Setentrional de Pernambuco, levando apenas poucos pertences pessoais. Mas o que o gestor que abdicou de seu direito a uma reeleição visivelmente confortável e com altíssimas chances de vitória, em ‘obediência a Deus’ deixou de lição para a classe política do país?
Desapego ao poder – Enquanto nos habituamos a ver cenários políticos em que, muitas lideranças preferem muitas vezes perder o poder, mas se manter na liderança de determinados grupos, mesmo que isso custe a falência política do agente e de todos os seus liderados, do que, aceitar o curso natural da alternância do poder, Fábio demostrou ser um ponto fora da cursa, repassando o bastão ao seu vice-prefeito, mesmo tendo a maior aprovação política da história da Capital da Moda e uma alta expectativa de vitória transferida para seu sucessor que alcançou extraordinária vantagem eleitoral sob a segunda colada no pleito eleitoral desse ano.
Obediência – Ao contrário da maioria dos políticos, que, muitas das vezes, ignoram seus próprios princípios em busca do sucesso político, Fábio Aragão, desde sua campanha em 2020, mostrou-se um prefeito temente e obediente a Deus. Evangélico da Adventista do Sétimo Dia, ele cumpriu a doutrina de sua igreja, mesmo que isso significasse ficar ausente de eventos políticos ou administrativos durante os quatro anos, sem temer possíveis prejuízos.
Ética no exercício do cargo – Fábio Aragão se destacou pela postura ética em suas decisões, independentemente de pressões políticas. Isso demonstrou que o desapego ao poder muitas vezes está diretamente ligado a um compromisso com a justiça, mais do que com a perpetuação de uma posição ou carreira política.
A Voz da Esperança – Em tempos onde o ceticismo político reina e a descrença na política institucional atinge níveis alarmantes, o político que não se curva ao sistema surge como uma voz de esperança. Ele não é um messias, nem uma figura imbatível. Ele é, simplesmente, um ser humano disposto a pagar o preço da integridade. E, mais importante ainda, ele lembra a todos que o poder não é um fim em si mesmo, mas um meio para construir uma sociedade mais justa e equilibrada.
Enquanto a política seguir sendo um campo de disputas, negociações e, muitas vezes, traições, a figura daquele que se mantém firme em sua postura ética será um farol para a renovação. Sua luta é a luta pela dignidade da política, pela revalorização do papel do político como servidor público, não como uma peça em um tabuleiro de poder.
Portanto, é crucial apoiar e reconhecer o valor daqueles que, sem se curvar, desafiam o sistema e buscam construir um futuro melhor para todos. Eles são, sem dúvida, os verdadeiros agentes da mudança.
Por: Sidney Lima/Jornalista
Do: Blog Agreste Notícia
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