O Ministério
Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Subprocuradoria-geral de Justiça para
Assuntos Institucionais, renovou convênio com a Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) para a realização de exames de comprovação de DNA por meio do
Laboratório de Bioinformática e Biologia Evolutiva (LABBE) do Departamento de
Genética do Centro de Ciências Biológicas. A ação pretende incrementar a
realização dos testes de paternidade em todo o Estado, por solicitação das
diversas Promotorias de Justiça. A cooperação técnica permite o atendimento de
até 360 casos por ano.
“Somos garantidores do acesso à cidadania e o direito à filiação é indisponível, pois não se pode abrir mão, em hipótese alguma. Nessa indisponibilidade o membro do Ministério Público deve lutar na forma da lei, pelo melhor interesse do filho, zelando que seus interesses sejam plenamente assegurados”, disse a subprocuradora-geral de Justiça em Assuntos Institucionais, a procuradora de Justiça, Laís Coelho Teixeira.
Os exames são
feitos por meio da análise dos marcadores de DNA encontrados nas amostras de
sangue dos supostos pai/mãe e filho. Mas a análise também pode ser feita por
outros tipos de materiais biológicos como saliva, bulbo capilar e sêmen e em
casos de outros vínculos genéticos.
“O teste de DNA garante a verdade biológica na certidão de nascimento e documentos, para que a crianças e adolescentes possam ter a paternidade descrita, acessando direitos e a orientação enquanto pessoa. Houve uma época que a criança sem pai tinha, no registro, o termo “Pai desconhecido”. Isso depois foi trocado por “X” e, hoje, é vazio. Mas a dor é a mesma. Todos têm o direito de saber sua origem genética, pois acessar esse direito é o início da cidadania”, disse a promotora de Justiça, Norma da Mota Sales.
Os exames podem
ser oferecidos a partir de solicitação realizada à Subprocuradoria-geral de
Justiça em Assuntos Institucionais pelas Promotorias de Justiça e das
especializadas em assuntos da família.
“A Lei Federal n.º 8.560/1992, que regulamenta o processo de investigação de paternidade de filhos, já estabelece que os cartórios de registro civil enviem para a Justiça todas as comunicações de maternidade que não tenham paternidade. E isso precisa vir pro Ministério Público para realização de ação, ou acordo”, reforçou ela.
Procedimentos
-
A realização dos exames é feita a partir do encaminhamento que é feito por
parte do MPPE para o Laboratório e todo o contato com as partes envolvidas é
feita também pelo órgão.
“Temos contato com os envolvidos no processo somente no dia de realização da coleta e na triagem da documentação. Até mesmo a entrega do resultado é feita diretamente ao Ministério Público”, disse o professor da UFPE e responsável pelo LABBE, Valdir Balbino.
As entregas dos
resultados são feitas em até 30 dias corridos. O Laboratório está em
funcionamento há 19 anos e já solucionou diversos casos.
“O material que nós utilizamos, garante a viabilidade da amostra genética por 15 anos e trabalhamos com o melhor analisador genético do mercado. Além da genotipagem, realizamos cálculo probabilístico do grau de parentesco, pois o trabalhos que entregamos à sociedade tem 100% de precisão, tendo em vista o impacto que há na vida das pessoas”, relatou Balbino.
Para além da
realização do exame propriamente dito, o LABBE realiza a custódia dos
resultados, garantindo a manutenção do sigilo e confidencialidade das
informações. Procedendo, se solicitado pelo MPPE, com a emissão de segundas
vias dos laudos e esclarecimentos acerca dos procedimentos técnicos adotados.
Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria
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