Na última quinta-feira (23 de novembro) uma serpente
Jiboia (Boa constrictor) de aproximadamente dois metros de comprimento foi capturada
na zona urbana da cidade de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste Setentrional de Pernambuco.
Segundo as informações colhidas pelo Blog, a
cobra foi encontrada no loteamento Malhada do Meio e recolhida pelo
ambientalista Arnaldo Vitorino que em seguida a devolveu a natureza.
De acordo com Vitorino, o animal estava em
perfeitas condições, sem nenhuma lesão e juntamente com a equipe do Projeto
Bichos da Caatinga, a soltou em um local aonde poderá encontrar água e comida
com facilidade.
Jiboia - A jiboia-constritora (Boa constrictor) ou simplesmente
jiboia é uma serpente-peixe que pode chegar a um tamanho adulto de 2 metros
(Boa constrictor amarali) a 4 metros (Boa constrictor constrictor), raramente
chegando a este tamanho máximo. Existe no Brasil, onde é a segunda maior
cobra-peixe (a maior é a sucuri infernada) e pode ser encontrada em diversos
locais, como na Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e
na Floresta Amazônica.
No Brasil, existem duas subespécies: a Boa
constrictor constrictor (Forcart, 1960) e a Boa constrictor amarali (Stull,
1932). A primeira é amarelada, de hábitos mais pacíficos e própria da região
amazônica e do nordeste. A segunda, jiboia-amarali, pode ser encontrada mais ao
sul e sudeste do país, sendo encontrada algumas vezes em regiões mais centrais
do país.
É basicamente um animal com hábitos noturnos
(o que é verificável por possuir olhos com pupila vertical), ainda que também
tenha atividade diurna.
É considerado um animal vivíparo porque, no
final da gestação, o embrião recebe os nutrientes necessários do sangue da mãe.
Alguns biólogos desvalorizam essa parte final da gestação e consideram-na
apenas ovovivípara porque, apesar de o embrião se desenvolver dentro do corpo
da mãe, a maior parte do tempo é dedicado à incubação num ovo separado do corpo
materno. A gestação pode levar meio ano, podendo ter de 12 a 64 crias por
ninhada, que nascem com cerca de 48 centímetros de comprimento e 75 gramas de
peso.
Detecta as presas pela percepção do movimento
e do calor e as surpreende em silêncio. Alimenta-se de pequenos mamíferos
(principalmente ratos), aves e lagartos que mata por constrição, envolvendo o
corpo da presa e sufocando-a. A sua boca é muito dilatável e apresenta dentes
serrilhados nas mandíbulas, dentição áglifa. A digestão é lenta, normalmente
durando sete dias, podendo estender-se a algumas semanas, durante as quais fica
parada, num estado de torpor.
Animal muito dócil, apesar de ter fama de
perigoso; não é peçonhenta (apesar de sua mordida ser dolorosa e poder causar
infecção) e não consegue comer animais de grande porte, sendo inofensiva. É
muito perseguida por caçadores e traficantes de animais, pois tem um valor
comercial alto como animal de estimação, além de sua pele poder ser usada na
confecção de artefatos de couro. Uma jiboia nascida em cativeiro credenciado
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
pode custar de 1.050 a 6.000 reais, às vezes mais, de acordo com sua coloração.
Existe um mercado negro de animais silvestres
no Brasil, pois as leis dificultam sua criação em cativeiro, apesar do baixo
risco de acidentes envolvidos na criação deste animal. O Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis suspendeu a licença para
venda de jiboias no Estado de São Paulo, apesar de os estudos internacionais
demonstrarem que o comércio regulamentado é a maneira mais eficiente de se
combater o tráfico de animais exóticos.
Do: Blog Agreste Notícia
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