
A Federação Única dos Petroleiros (FUP)
decidiu entrar em greve a partir da meia-noite desta quarta-feira (30). Segundo
comunicado emitido na noite do último sábado (26), a paralisação deve durar 72
horas.
Os petroleiros pedem a redução dos
preços de gás de cozinha e combustíveis e a saída de Pedro Parente da
presidência da Petrobras. Também reivindicam a retirada das tropas das Forças
Armadas que, desde a última sexta, ocupam algumas refinarias da
Petrobras para liberar o transporte de combustíveis.
“Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da Petrobras e pela demissão de Pedro Parente da presidência da empresa”, afirma a nota.
A decisão foi tomada no sábado
durante uma reunião no Rio de Janeiro por meio de teleconferência. A federação
classifica a paralisação de quarta como uma “advertência” e parte das
mobilizações para construir uma “greve por tempo indeterminado, que foi
aprovada nacionalmente pela categoria”.
A greve foi aprovada na semana
retrasada e a previsão era iniciá-la no próximo dia 12. O coordenador-geral da
FUP, José Maria Rangel, afirmou que o movimento dos caminhoneiros “jogou luz”
sobre a política de preços da Petrobras, assunto que vem sendo tratado pela FUP
“há bastante tempo”.
“A questão central nos preços dos combustíveis não são os tributos, é a política do Pedro Parente”, disse Rangel, em referência ao presidente da Petrobras.
“A gestão entreguista de Pedro Parente está obrigando a Petrobras a abrir mão do mercado nacional de derivados para as importadoras, que hoje são responsáveis por um quarto de todos os combustíveis comercializados no país”, diz a nota.
Segundo o comunicado, algumas ações começam já
começaram no domingo com “novos atrasos e cortes de rendição nas quatro
refinarias e fábricas de fertilizantes que estão em processo de venda: Rlam (BA),
Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen
Bahia”.
No sábado, trabalhadores da
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), unidade da estatal instalada em Canoas,
região metropolitana de Porto Alegre (RS), cruzaram os braços no turno de 8
horas a 16 horas, informou o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul
(Sindipetro-RS).
A assessoria de imprensa da Petrobras afirma
que a operação na unidade não foi afetada porque os trabalhadores do turno
anterior, de meia-noite às 8 horas, assumiram os trabalhos.
Do: Blog Agreste Notícia
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