O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE)
estava em seu apartamento em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e acompanhou o
cumprimento do mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal, na
terça-feira (24). A informação foi confirmada pela assessoria local da PF.
O mandado foi autorizado pelo ministro Edson
Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além do deputado, são alvos da operação o senador Ciro Nogueira (PP-PI),
presidente nacional da legenda, e o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima.
A operação foi deflagrada em conjunto com a
Procuradoria Geral da República e apura atos relacionados à obstrução de
justiça supostamente praticados por parlamentares em investigação em curso no
STF.
Segundo a PF, três agentes de Brasília
cumpriram o mandado no Recife, com o apoio de dois policiais federais de
Pernambuco. Ao menos um telefone celular do parlamentar foi apreendido. O
aparelho deve ser encaminhado para Brasília.
O deputado Eduardo da Fonte disse que está à
disposição da Justiça.
“Estou à disposição da Justiça sempre.
Confiamos nela e em Deus”, afirmou por meio de sua assessoria.
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados
informou que acompanhou a operação de busca e apreensão no gabinete e no
apartamento funcional do deputado federal Eduardo da Fonte.
Operação - As investigações apuram uma suposta tentativa de
obstrução de Justiça. De acordo com investigadores, Eduardo da Fonte e Ciro
Nogueira são suspeitos de comprar o silêncio de um ex-assessor do senador que
vem colaborando com a Justiça.
O assessor detalhou que recebia o pagamento em
espécie e quem repassava o dinheiro era o ex-deputado Márcio Junqueira.
Segundo investigadores, o ex-assessor colabora
com diversas investigações no âmbito da Lava Jato e teria sido ameaçado de
morte. Por conta das ameaças, ele foi incluído no programa de proteção à
testemunha.
A PF também cumpriu nesta terça, mandado de
prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima. Ele foi preso em
Brasília.
Eduardo da Fonte - Atualmente em seu terceiro mandado como
deputado federal pelo PP, foi segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados
de 2010 até o fim de 2011, quando o presidente era Marco Maia (PT-RS). Foi
eleito em outubro de 2013 líder do Partido Progressista (PP) na Câmara Federal,
segundo o perfil oficial do político.
Em 2016, Eduardo da Fonte foi denunciado por
corrupção passiva, mas a denúncia foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) no ano seguinte.
Do: Blog Agreste Notícia
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