O Sindicato dos Policiais Civis de
Pernambuco – SINPOL/PE vem externar seu repúdio e sua indignação com a quebra
de parte do acordo firmado entre esta entidade classista e o Governo do Estado
com relação a não anistia dos processos administrativos instaurados contra a
Diretoria do Sindicato e contra a categoria em decorrência da mobilização, nos
últimos 2 anos por melhores condições de trabalho e salário para que os
Policiais Civis possam investigar os crimes e diminuir a absurda onda de
criminalidade que assola o povo pernambucano.
É preciso deixar claro que os Diretores
do SINPOL não respondem por qualquer crime, não estão sendo acusados de roubo,
extorsão, peculato, assassinato, nem durante nem antes de suas atuações
classistas. Todos os procedimentos aos quais figuram como imputados versam
sobre críticas à política de segurança do Governo, reivindicações por condições
mínimas de trabalho, de material de proteção individual (coletes em quantidade
suficiente e dentro da validade, armamento e munição confiáveis e adequados,
máscaras, luvas e materiais de procedimentos corretos para serem usados pelos
policiais que trabalham no IML), de estrutura de delegacias e institutos, por
contratação de pessoal para atenuar a imensa defasagem nos quadros de
investigadores, tudo isso para que possamos prestar um serviço profissional de
qualidade para a sociedade pernambucana, apurando e solucionando cada vez mais
crimes.
O
Governo do Estado, ao invés de ouvir os apontamentos que o SINPOL fez sobre as
falhas gerenciais que levaram a Polícia Civil a beira de um colapso e impedem
que consigamos investigar e prender os bandidos que estão fazendo os
pernambucanos reféns da marginalidade, preferiu tentar esconder e calar nossas
críticas construtivas utilizando-se da Corregedoria de Polícia e de um estatuto
dos policiais civis opressor oriundo da ditadura militar para perseguir e punir
as vozes que procuram defender um sistema de segurança pública mais justo e
eficiente, tanto para os policiais quanto para a população.
No último dia 29.12.2016, mesmo após o
Governo concordar que tais procedimentos injustos deveriam ser arquivados
assinando um acordo nestes termos, fomos surpreendidos com uma punição de 30
dias de suspensão (a segunda maior pena possível, atrás apenas da demissão) ao
presidente e vice do SINPOL, Áureo Cisneiros e Rafael Cavalcanti, simplesmente
porque eles, ainda em 2015 foram chamados para averiguar irregularidades
cometidas contra policiais que participariam de uma Operação de Repressão
Qualificada (ORQ) a ser deflagrada nas cidades de Serra Talhada e Salgueiro.
Eles estavam sendo obrigados a se deslocarem às 22h para as referidas
localidades durante toda a madrugada sem o devido pagamento antecipado de
diárias, sem coletes, sem armamento apropriado (até porque depois se soube que
iriam prender integrantes de grupos de extermínio) e sem o devido descanso,
pois, muitos haviam trabalhado normalmente durante todo o dia.
O
Policial Civil, como todo trabalhador, possui direitos e garantias que mesmo o
Estado sendo seu patrão não podem ser negligenciadas ou suprimidas, pois, a
Constituição e os Tratados trabalhistas atingem e obrigam a todos. Nós do SINPOL
temos a obrigação de defender os direitos da nossa categoria e assim
procederemos enquanto esta Diretoria estiver à frente do sindicato.
Do:
Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria

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