Referência na técnica no país, Dr. Marcos Messina, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo, explica que “além de ser minimamente invasivo, seguro e eficaz pode, em casos selecionados, ser aplicada para manutenção da fertilidade da mulher, o tratamento também favorece a redução de desconfortos”.
Aproximadamente 90% das mulheres que tinham sangramento intenso e cólicas, podem voltar a menstruar normalmente e não sentir mais dor. E mais, os miomas regridem até 40% do seu volume em seis meses após a embolização.
“O acompanhamento médico após o procedimento de embolização deve se estender por pelo menos mais um ano. Esse tempo é necessário para que o tratamento seja avaliado e efeitos sobre os sintomas e redução dos miomas sejam acompanhados”, completa o especialista.A técnica de embolização é rápida e segura. Faz-se uma pequena incisão - com anestesia local - na virilha, de aproximadamente dois milímetros. Um catéter é conduzido pelas artérias até chegar às artérias uterinas que levam sangue para o útero e os miomas.
“Não é necessário dar pontos, uma vez que o procedimento não deixa qualquer cicatriz”, enfatiza Dr. Messina.Após o processo, a paciente permanece na sala de recuperação e, em seguida, volta para o apartamento.
“A embolização uterina demanda na maioria das vezes apenas um dia de hospitalização. Além disso, a recuperação é muito rápida. Após uma semana, a mulher já poderá retornar para suas atividades”, finaliza Dr. Marcos Messina.Sobre o Mioma - Miomas uterinos são tumores não cancerosos do útero, que muitas vezes aparecem durante a idade fértil. Não estão associados a um risco aumentado de câncer de útero e quase nunca se transformam em câncer. Esse tumor benigno atinge cerca de 40% das mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos.
Não sabe ao certo porque o mioma uterino se forma, mas existem algumas suspeitas:
• Mudanças genéticas: Muitos miomas contêm alterações nos genes que os diferem das células normais do músculo uterino. Há também algumas evidências de que miomas são mais comuns entre membros da mesma família e que as gêmeas idênticas são mais propensas a terem miomas, se comparadas com gêmeas não idênticas.
• Fatores hormonais: O estrógeno e a progesterona, dois hormônios que estimulam o desenvolvimento do endométrio durante cada ciclo menstrual, a fim de prepará-lo para a gravidez, quando em desequilíbrio podem promover o crescimento dos fibroides. Miomas podem conter mais receptores de estrógeno e progesterona do que as células musculares do útero normais. Além disso, alguns miomas tendem a diminuir após a menopausa, provavelmente porque a produção hormonal também diminui.
• Outros fatores de crescimento: Substâncias que ajudam o corpo a manter os tecidos podem afetar o crescimento dos miomas.Algumas mulheres podem não apresentar sintomas de mioma, tendo o diagnóstico feito em exames de rotina. Para aqueles que apresentam sintomas, os mais comuns são:
• Sangramento menstrual intenso
• Períodos menstruais prolongados - sete dias ou mais de sangramento menstrual
• Sangramentos mensais atípicos, às vezes com coágulos
• Pressão ou dor pélvica
• Micção frequente
• Dificuldade esvaziar a bexiga
• Prisão de ventre
• Dor durante as relações sexuais.
Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Ministério da Saúde
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