No início desta semana, quatro delegados que presidiam comissões que avaliam e julgam supostas transgressões disciplinares de Policiais Civis foram repentinamente afastados de suas funções e transferidos para a Diretoria de Recursos Humanos, sem nenhuma justificativa ou explicação.
É preciso dizer que não temos absolutamente nada contra os delegados que chegam. Mas também não podemos deixar de dizer que é no mínimo estranho que os delegados afastados sejam justamente os que presidiam as comissões responsáveis por julgar a maioria das supostas transgressões disciplinares cometidas por diretores do SINPOL, na estrita atuação sindical de defesa das mínimas condições de trabalho para os servidores Policiais e para a população.
No dia 11 de março a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL) foi surpreendida com a publicação de cinco Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra seu Presidente, Áureo Cisneiros, e outros diretores. Todos os processos foram movidos em razão de suas atividades sindicais, caracterizando uma escancarada perseguição política, razão pela qual o SINPOL realizou uma passeata no último dia 19 de abril, contra o Corregedor Geral e suas perseguições, tendo feito a denúncia ao Governo do Estado, que até o momento sequer se pronunciou.
Durante todo o ano de 2015, o SINPOL realizou a Operação Polícia Cidadã, como parte da luta pela valorização dos policiais e da segurança pública para a população pernambucana, reivindicando melhorias nas condições de trabalho e denunciando a situação caótica nas delegacias e institutos de polícia nos municípios do Estado. Fizemos um levantamento em diversas unidades policiais, apresentando ao final do processo um dossiê sobre a situação de precariedade em que se encontram a Polícia Civil e a população que precisa do atendimento.
São esses os motivos que baseiam as perseguições políticas aos diretores do SINPOL e despertam estranheza acerca das motivações que levaram o alto comando da SDS a substituir os delegados que vinham julgando os processos que arrolam diretores do SINPOL, de maneira justa e imparcial, diga-se de passagem. Algumas decisões tomadas pelos delegados afastados já davam nota da inexistência de infrações administrativas por parte da diretoria.
De acordo como presidente do SINPOL, Áureo Cisneiros, o atual Corregedor Geral “não tem equilíbrio nenhum para exercer as funções de chefe do órgão correcional, causando a total insatisfação dos Policiais, tanto civis quanto militares”.
O papel da Corregedoria Geral é apurar e punir desvios de conduta e possíveis crimes cometidos por servidores policiais. O SINPOL valoriza e é totalmente de acordo com o fortalecimento desse instrumento, pois visa resguardar a sociedade dos maus policiais. Contudo, não pode servir como arma de perseguição política sindical, sobretudo quando o sindicato em questão não busca nada mais que a melhora e a profissionalização dos serviços prestados pela Policia Civil aos pernambucanos.
O SINPOL se solidariza com os Policiais Civis afastados e mais uma vez rechaça a atitude perseguitória, arbitrária e que afronta todos os princípios democráticos, praticada pelo Sr. Servilho Paiva. Daremos o suporte necessário aos servidores e reiteramos nosso compromisso com a classe Policial Civil e com a segurança do povo de Pernambuco.
Não vão calar os policiais civis, não vão calar o SINPOL!
Atenciosamente a Diretoria
Do: Blog Agreste Notícia


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