O resultado da votação que autorizou que o Senado der prosseguimento ao impeachment não deveria ser motivo de comemoração para a nação brasileira, pois muitos dos que comemoram não entendem que a permanência ou saída da presidente Dilma Rousseff (PT) não corresponde à solução para os problemas da população, mais, atende os interesses pessoais de verdadeiras quadrilhas denominadas de partidos políticos, onde o que menos interessa, é a demanda de necessidades e problemas em que vivemos.
Um país que dispõe de um sistema de segurança falido, uma saúde sucateada, carente de cultura, esportes e educação, não têm motivos para festejar os interesses políticos de grupos que não pensam naqueles que mais necessitam.
Ora, como comemorarmos, quando as nossas opções são entre a incompetência e a corrupção. Se Dilma fica, sabemos que não podemos vislumbrar melhoras tão logo, já que a Petista perdeu a capacidade de resgatar o Brasil dessa crise que vem tirando o sossego dos brasileiros. Por outro lado, se ela cair, é para atender os interesses do PMDB, partido extremamente ambicioso e com sede de poder.
Como podemos ter a certeza de melhoria dias com Michel Temer na presidência. Um indivíduo citado como beneficiário dos escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato. O que esperar de um político acusado de receber R$ 5 milhões do empreiteiro José Aldemário Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O Brasil não pode ter sido passado a limpo no último domingo, com pessoas sujas, de fichas imundas, envolvidas em um mar de lama, réus em processos de corrupção. Não posso acreditar que um projeto que vislumbra colocar o país nos trilhos da honestidade, possa ser liderado por uma figura como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que já deveria ter sido cassado ou até mesmo preso há um bom tempo, pelo visível envolvimento nos esquemas de corrupção.
Grande parte dos discursos proferidos no último final de semana apresentam excessivas mentiras, hipocrisia e cinismo, tanto daqueles que defendiam o impeachment, como também por parte dos deputados que se posicionaram contra o impedimento do governo da presidente Dilma.
É Brasil, estamos comemorando a troca do sujo pelo mal lavado.
Por: Sidney Lima
Do: Blog Agreste Notícia
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