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sábado, 28 de novembro de 2015

CROWDFUNDING É UMA OPÇÃO PARA QUEM FOI ABANDONADO PELO FIES

 Que os custos de formação educacional estão cada vez mais altos no Brasil, não é novidade alguma. Afinal, com o incremento da classe média da última década, instituições de ensino superior tem obtido um crescimento pela procura de vagas em todas as esferas da graduação.
 Contudo, igualmente não é um segredo que, em geral, uma formação “completa” demanda muito Investimento, seja da família ou do próprio estudante, que muitas vezes acaba recorrendo ao famoso FIES – Fundo de Financiamento Estudantil. Sem entrarmos no mérito do programa (se é bom ou ruim, eficiente ou não), tampouco no custo final da utilização dele após a formação do estudante, o que nos interessa nesse artigo é a redução drástica que o governo promoveu nos repasses e novas concessões do financiamento.
 Essa “tesourada” deixou milhares de estudantes e suas famílias em uma situação sem precedentes no Brasil desde a redemocratização: quem está no meio do curso, não vai conseguir terminar porque não teve nova concessão; quem estava buscando entrar numa faculdade, pode até ser aprovado na instituição, mas não está sendo aprovado no FIES; e por fim, quem está fazendo programas de pós-graduação praticamente ficou sem qualquer alternativa viável.
 Segundo dados do MEC, mais de 178 mil alunos simplesmente tiveram seus pedidos indeferidos, já que a conta ia custar alto demais, segundo o Governo. E assim, todos esses alunos ficaram órfãos do subsidio federal. Mesmo diante de uma disputa judicial, o Ministério da Educação simplesmente não cumpriu a determinação liminar, e deixou milhares de alunos sem resposta.
 Mas ai você me pergunta: tá, parou o FIES, não há expectativa de quando o programa volte a aceitar inscrições, as universidades estão reclamando que não estão recebendo os repasses do governo federal... e ocrowdfunding com isso?
 O financiamento coletivo (conhecido mundialmente como crowdfunding) foi uma alternativa encontrada nos EUA para reduzir e viabilizar os altíssimos custos com a educação superior naquele país. Ao contrário do Brasil, quase a totalidade do ensino superior norte-americano é pago, ou seja, a família e o estudante tem que se preparar a vida toda para poder pagar os custos de formação educacional. E isso gera naturalmente um passivo a pagar muito grande, comprometendo a vida profissional dos estudantes quando concluem sua formação.
 Observando que esse mercado estava sofrendo com as dívidas dos ex-alunos, e fazendo com que os novos não conseguissem honrar seus compromissos financeiros, foram criados sites específicos e direcionados decrowdfunding para ajudar o estudante a financiar seus estudos. A troca, em geral, além da resiliência em viabilizar a formação superior de alguém, vai de recompensas pela doação até participação dos ganhos profissionais do aluno por um determinado período de tempo.
 Existem inclusive sites que auxiliam os estudantes com mentores ao longo da formação na graduação, além de vincular o financiamento das despesas universitárias a uma participação nos seus ganhos futuros.
 Observem que, se adotarmos o financiamento coletivo para esse tipo de suporte, não ganharia somente o estudante, mas as próprias instituições de ensino em si. As cotas anuais da graduação seriam pagas à vista, ou seja, gerariam fluxo de caixa imediato para as instituições.
 Ganharia o governo, que teria reduzida sua obrigação de repasses para fomentar o fluxo de caixa das universidades. Ganharia a família, que poderia se programar ao longo de toda a faculdade para devolver os valores investidos, além de claro, o estudante, que poderia se dedicar com muito mais afinco na sua formação para que a “rentabilidade” do investimento seja muito maior.
 Ademais, sempre que se financia a formação de alguém, não se quer somente o dinheiro de volta: deseja-se ter um profissional qualificado, competente, diferenciado e que dê certo, ou seja, uma cobrança “social” para que ele faça jus ao apoio que teve. Alguns sites, por exemplo, vinculam que os beneficiados pelos financiamentos coletivos façam o mesmo após se formarem, gerando um ciclo virtuoso de financiamento x novos financiados x retorno do investimento!
 O Brasil, como deixo claro no livro “Dinheiro da Multidão: burocracia x oportunidades no crowdfunding nacional” ainda não possui uma legislação clara sobre as regras de adoção do crowdfunding, o que possibilita uma gama bastante ampla de possibilidades, entre elas sites especializados em financiamento coletivo para estudantes abandonados pelo FIES.
 Infelizmente o Brasil ainda dispõe de poucas alternativas ou institutos que possam suprir toda a demanda por bolsas de estudos de todos os beneficiários do FIES e que ficaram desamparados, de modo que estamos no momento ideal (o chamado timing de negócio) para o lançamento de uma plataforma dedicada a viabilizar financiamento coletivo aos nossos alunos!
 E então, o que acha da ideia? Se quiser conhecer mais sobre os sites que falei, esse link tem uma pequena relação do que esta disponível (em inglês)!
Por: Vinicius Maximiliano Carneiro/O autor é advogado corporativo, gestor contábil e financista. Possui MBA em Direito Empresarial pela FGV. É Especialista em Direito Eletrônico pela PUC/MG, atuou como advogado de Propriedade Intelectual no Brasil para a Motion Picture Association (MPA), Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (ADEPI) e também para a União Brasileira de Vídeo (UBV). Em seguida, foi gestor de projetos especiais na Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) - e Business Software Alliance (BSA). Também ocupou lugar na Comissão de Mercado de Capitais e Governança Corporativa da OAB/SP. Idealizador do projeto vencedor do Prêmio SESI-SENAI Inovação 2010 sustentável “Dinheiro Verde”.
Do: Blog Agreste Notícia

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