CLIQUE NA IMAGEM E ADQUIRA SEU INGRESSO

CLIQUE NA IMAGEM E ADQUIRA SEU INGRESSO

sábado, 29 de agosto de 2015

ENXAQUECA - SINTOMAS E CAUSAS DE UM PROBLEMA QUE ACOMETE DIVERSAS PESSOAS

 A enxaqueca é um tipo de cefaleia primaria que se manifesta por crises de dor de cabeça de intensidade, frequência e duração variáveis. Usualmente unilaterais, pulsáteis e frequentemente acompanhadas de náuseas, vômitos, intolerância ao som e intolerância a luz, é precedida por sintomas chamados de auras, podendo variar desde alterações visuais até dormência em um membro ou em metade do corpo.
 Não há uma causa definida para a enxaqueca. Os pacientes apresentam alterações cerebrais e predisposição genética, mas até onde sabemos, a dor de cabeça inicia com um estado de aumento da excitabilidade de grupos de neurônios a determinados estímulos ambientais chamados de gatilhos, de tal forma que estes neurônios enviam impulsos para os vasos sanguíneos cerebrais, causando constrição destes vasos (produzindo os sintomas da aura) seguida de dilatação destes vasos (produzindo a dor de cabeça). Durante a ocorrência da dor, ocorre a liberação de várias substâncias inflamatórias. Os estímulos ambientas variam de uma pessoa para outra, sendo que alguns pacientes não conseguem identificar qual o estímulo ambiental que desencadeia a dor.
 Os gatilhos também podem variar de uma pessoa para outra. Os mais comuns são o estrese, jejum prolongado, alteração do sono, alterações de temperatura, odores fortes (perfumes), esforço físico exagerado, abusos de determinados medicamentos, principalmente dos analgésicos, alterações hormonais, determinados alimentos e bebidas (queijos amarelos envelhecidos, frutas cítricas, carnes processadas, chocolates, café, chá, refrigerantes e excesso de álcool).
 O episódio de enxaqueca é autolimitado e raramente resulta em complicações neurológicas permanentes. Porém quando se há uma enxaqueca crônica alguns pacientes podem desenvolver incapacitação por dor e afetar a execução de atividades diárias, bem como sua qualidade de vida. Outra complicação é o estado enxaquecoso que ocorre quando uma crise intensa se prolonga por mais de 72 horas.
 Como não se sabe a causa da enxaqueca, não há tratamento curativo. No entanto, há uma série de medidas que devem ser tomadas para obter o controle da doença e levar uma vida normal. Antes de iniciar o tratamento, é necessário saber se o diagnóstico está correto e qual o fator desencadeante dela. No geral, o melhor é evitar esses desencadeantes e tomar o medicamento indicado pelo médico quando uma crise aparecer. Há medicamentos usados para aliviar a dor e os medicamentos usados para prevenir a dor.
 Em geral, indica-se o tratamento preventivo quando o número de crises incapacitantes e duradouras são maiores que duas em um mês ou quando as crises, independentemente da frequência, são devastadoras e impedem o paciente de exercer suas atividades. Os medicamentos para prevenção da enxaqueca incluem neuromoduladores, betabloqueadores, antidepressivos, antivertiginosos. A escolha do medicamento dependerá de cada caso e deve ser sempre indicado por um profissional.
Por: Dr. Francinaldo Gomes/Formado pela Universidade Federal do Pará e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), é mestre em neurociências e neurocirurgião especialista em neurocirurgia de epilepsia e distúrbios de movimento pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), com atuação nas áreas de cirurgia para epilepsia, dor e doença de Parkinson. Faz parte do CENEPE (Centro de Neurocirurgia Pediátrica) em São Paulo e do Neurogenesis – Instituto de Neurociências, em Belém (Pará).
Do: Blog Agreste Notícia

Nenhum comentário: