domingo, 3 de maio de 2015

VEREADOR CARLINHOS DA COHAB QUESTIONA LICITAÇÃO PARA COMPRA DE ALIMENTOS DESTINADOS A COFFEE BREAKS DA PREFEITURA DE SANTA CRUZ

 O vereador Carlinhos da Cohab (PSL) aproveitou a reunião da Câmara Municipal de Santa Cruz do Capibaribe e sua página no Facebook, para questionar uma licitação da Prefeitura da Capital da Moda que através de um Pregão (modalidade de licitação) estima gastar R$ 141.990,00 em alimentos para a realização de coffe breaks.
 De acordo com o Parlamentar, além do excesso de gastos, os valores dos produtos adquiridos estão muito acima do preço de mercado, citando como exemplo bolo de 3kg que custou R$ 125,00 e água mineral em copo de 200ml que foram comprados por R$ 1,20. Pelo menos R$ 82 mil desse dinheiro seria investido em tortas de chocolates, morango e caramelo, segundo o Vereador.
 “Esses gastos são absurdos em Santa Cruz do Capibaribe, pois estive em Recife e me chamou a atenção, uma criança vendendo um copo de água mineral, sendo de 300 ml e os que a Prefeitura comprou foi de 200 ml. Esse copo de água o menino estava vendendo ao preço de R$ 0,50 e em uma distribuidora de bebidas custa R$ 0,28. Já na licitação da Prefeitura, mesmo sendo em um tamanho menor, a R$ 1,20”, criticou.
 Carlinhos ainda disse que o dinheiro “daria para comprar quase dois aparelhos de Raio-X para a cidade, ou aparelhar a Casa de Apoio para quem faz Tratamento Fora de Domicílio (TFD) em Recife aonde não se tem uma cadeira para sentar, não tem uma geladeira ou um fogão para se fazer comida”.  O Vereador Santa-cruzense revelou ainda ter procurado o endereço da pessoa que ganhou a licitação e quando chegou lá, estava uma mansão e não foi atendido.  “Depois eu fui ao outro endereço, já que tem dois, sendo esse último na Avenida Bela Vista é um restaurante de um correligionário do prefeito”, completou dizendo que não tem nada contra, desde que o serviço fosse prestado.
 Em participação no programa Rádio Debate da Polo FM, a secretária de Articulação Polícia, Jessyca Cavalcanti, considerou vazio o discurso do vereador de oposição, dizendo que os adversários ficam procurando formas de distorcer as situações.
 “Foi muitas vezes criticado por eles o Portal da Transparência e foi justamente por ele que o vereador Carlinhos pegou essa informação. Foi feita uma licitação para 12 meses, pois sabemos que Prefeitura conta com mais de 10 secretárias. A mobilidade que foi feita a licitação foi muito transparente e observamos que os valores estão dentro do preço de mercado”.
 Ainda de acordo com Jessyca esse valor é uma estimativa, pois a Prefeitura poderá gastar até o valor da licitação ou não, dependendo único e exclusivamente da necessidade.
 “Nós temos 12 meses para gastar ou não esse valor com as secretárias. Para ter uma ideia, até o presente momento nós não chegamos a gastar desse valor, R$ 20 mil, pois essa é uma previsão a ser gasta pelo município. Podemos citar casos, como por exemplo, temos a secretária de Inclusão Social que oferece os casamentos comunitários e esse ano serão 35 casais e aí vai ter todo o bolo, temos também o aniversário da Casa de Passagem todos os meses”, explicou
 Depois da participação da secretária Jessyca, o vereador Ernesto Maia (PSL) também entrou em contato com a emissora. Na oportunidade o parlamentar confrontou as opiniões de Cavalcanti.
 “Quanto mais a Prefeitura se pronuncia, mais se complica... Alguns fatos que chama atenção na fala da secretária de Articulação Política, é que ela afirmou que esse tipo de serviço estaria sendo feito para a Secretaria de Inclusão Social e essa secretaria tem dotação própria, se fosse para fazer esse tipo de serviço à própria secretaria deveria ter realizado a licitação, tanto é que, o recurso que está para ser gasto é das Secretarias de Administração e Educação, mas não tem da Secretaria de Inclusão Social”, pontuou.
 Ernesto fez questão de destacar que, esse não é o primeiro ano do governo do prefeito Edson Vieira (PSDB), e a licitação tem por base o tanto de gastos nos anos anteriores.
 “Quando se esta fazendo uma licitação no terceiro ano de governo, é porque você tem uma previsão de gastar sim, principalmente porque ele já teve dois anos de experiência”.
 No final de seu pronunciamento, Maia falou que não a necessidade de se comprar um bolo de 3 kg e pela licitação a Prefeitura Municipal, mas com a licitação é obrigada a comprar um bolo de 3 quilos.
Do: Blog Agreste Notícia

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