sábado, 11 de abril de 2015

EX-DEPUTADO PAULO RUBEM SE POSICIONA CONTRA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

 Em entrevista concedida ao radialista Alberes Xavier da Rádio Filadélfia FM, o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT) se posicionou contra a redução da maioridade penal, que segundo o Pedetista, esse é um assunto muito complexo que não pode ser revolvido apenas com vingança.
 “A grande maioria das pessoas que dizem ser a favor da redução da maioridade penal, não conhecem o que são os presídios no Brasil, não conhecem o que são as unidades da FUNASE e não conhecem quais são as obrigações dos prefeitos e governadores com o sistema educacional, social e sobre tudo, as famílias mais pobres”.
 De acordo com o Ex-Deputado os prefeitos só sabem observar aonde tem uma loja, uma casa ou qualquer outro estabelecimento que der origem aos impostos. O mesmo se repete segundo ele em nível de governo estadual.
 Rubem ainda questionou os motivos que os governos não criam mecanismos para o acompanhamento das crianças desde seu nascimento.
 “Porque os governos não criam um sistema de monitoramento de atenção e prevenção para evitar que a criança desde o nascimento, não sejam expostas as situações de risco”.
 A grande maioria de menores que cometem delitos segundo Paulo Rubem não possuem antecedentes criminais, não têm escolaridade e a uma grande incidência de percentual de jovens que foram abandonados pelos pais muito cedo.
 “Se você olhar para esse lado vai perceber que a redução da maioridade penal é a mesma coisa que tampar o sol com a peneira. Você estará jogando para debaixo do tapete e varrer da sociedade para dentro dos presídios e das unidades de atendimento aquelas crianças e jovens que foram abandonados pelos pais, bem como pelos municípios”, enfatizou.
 O Entrevistado ainda criticou que todas as prefeituras e o governo gasta com Carnavais, São João e outros eventos, mas não garantem creche obrigatória para as crianças de 0 a 3 anos de idade, não garantem escolas infantis para criança a partir de 4 anos e cruzam os braços, lavam as mãos quando encontram adolescentes de 14 a 17 anos fora das salas de aulas, sem serem acompanhadas pelo estado, em um país em que a matrícula é obrigatória.
 No final da entrevista Paulo disse que hoje querem reduzir a maioridade penal para 16 anos, depois vão querer reduzir ainda mais.
 “Eles hoje querem reduzir para 16, depois para 14, depois para 10 e vai chegar ao ponto que vão querer responsabilizar o fato ainda no útero da mãe pelos crimes que por ventura eles vierem a praticar”, ironizou.
Do: Blog Agreste Notícia

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