A criança e as suas representações sociais - Estive vendo no programa roda viva uma entrevista com o pediatra Daniel Becker e muita coisa interessante foi debatida, dentre várias respostas e explanações feitas por ele, me chamou a atenção quando disse que estão transformando a criança num Deus, em algo intocável. A criança não pode ser contrariada, a criança não pode ser repreendida veemente, a criança não pode sofrer nenhum tipo de repreensão que possa parecer que vá afetá-la psicologicamente.
Estão fazendo com que a criança cresça sem limites, sem freios e que as mesmas tenham vontades soberanas que se não forem satisfeitas afetarão a formação da mesma. Quem não tem limite quando é pequeno não terá quando for grande. Uma criança acostumada a ter todos os seus desejos satisfeitos não se conformará quando quiserem colocar freios em seus impulsos de adulto.
Um homem que cresceu e viu todos os seus desejos satisfeitos não aceitará um não de uma mulher sem tomar reações absurdas, pois o seu ego não o deixará receber um simples não. As crianças estão crescendo sem obedecerem a pais e mães, tios, avós, professores, há uma verdadeira crise de autoridade há muito tempo.
As teorias de Wallon da afetividade, do construtivismo de Piaget, do sócio construtivismo de Vygotsky, dentre outros, não tem sido suficiente para trazermos as crianças e os jovens a uma realidade onde o mundo não gire em torno do seu umbigo e que o respeito mútuo é parte das relações sociais, o amor, a fraternidade, tudo isso têm sido rejeitado e os valores morais têm sido invertidos. Vamos buscar caminhos que tragam de volta a educação e a ordem moral aos patamares de antes.
Por: Denizio Januário/Crítico Literário
Do: Jornal Agreste Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário