Essa notícia foi trazida pelo jornal Folha de São Paulo no ultimo domingo, dia 15 de maio de 2011, ao relatar que o ministro declarara um patrimônio de 375 mil quando fora candidato em 2006. Trata-se da declaração de bens à Justiça Eleitoral, que é obrigatória e feita pelo próprio candidato. Durante o mandato, o então deputado federal arrecadou 974 mil em salários. Sem notícia de quanto gastou por mês, no fim do mandato o ministro conseguiu comprar dois imóveis, num total de sete milhões e meio de reais.
Intrigante é que o novo rico já é reincidente em casos embaraçosos de grande repercussão. Quando era prefeito de Ribeirão Preto, fora acusado de fraudes em licitação, acompanhado pelos assessores Roberto Buratti, Ralf Barquete e Vladimir Poleto. Depois foi acusado de determinar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, por ter confirmado a presença do ministro em festas com seus ex-assessores numa mansão de Brasília. Não houve punição em nenhuma, como sempre ocorre no Brasil quando os acusados são pessoas em destaque.
De novo e como sempre, todas as autoridades já disseram que não há nada a fazer. Será que elas teriam a mesma resposta e fariam defesa tão rápida se essa genialidade de multiplicação de bens, na mesma proporção, viesse de um cidadão comum?
Nada se quer demais. Apenas que o ministro diga o óbvio: de onde veio o dinheiro. Ele enriqueceu quando exercia uma função pública. Na imprensa faltou comparação com outras empresas de todos os portes, para ver quantas empresas teriam multiplicado o patrimônio.
Diria às autoridades que mereceria investigar pelo simples fato de ser impossível alguém multiplicar por 20, em quatro anos o patrimônio adquirido em toda uma vida de mais de 50 anos. Essa história merece tanto crédito quanto a de um amigo que queria me convencer ter feito uma viagem de carro de Salvador a São Paulo em duas horas; sem maiores explicações.
Nesse episódio inexplicável, o mais chocante é que todos os defensores ferem princípios de direito. Sem nenhum conhecimento ou explicação, todos fazem à defesa prévia do ministro genial. Como a presidenta prometeu acabar com a miséria do país num período idêntico ao enriquecimento de Palocci, lhe recomendaria que tomasse uma dessas medidas: que utilizasse o método Palocci no desenvolvimento do país, e não só acabaria a miséria, como tornaria o Brasil num país de milionários, ou obrigasse o ministro a publicar uma cartilha ensinando o milagre da multiplicação a todos os brasileiros. Se como deputado conseguiu 20 vezes, é de se indagar quantas vezes aumentará durante os quatro anos na Casa Civil, de tão péssima fama, depois de José Dirceu e Erenice Guerra, esta escolhida por Dilma Rousseff. É fato que Palocci se supera a arte de aprontar a cada cargo público. Seu milagre é de matar Jesus Cristo de inveja.
Do: Jornal Agreste Notícia Por: Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP Bel. Direito

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