Considerada uma das maiores intervenções
hídricas em execução no Brasil, a obra da Adutora do Agreste segue em ritmo
acelerado na zona urbana de Caruaru. O trecho de dez quilômetros que está sendo
implantado na cidade compreende os bairros Agamenon Magalhães, Cidade Alta e
Vila Cipó.
A COMPESA está atuando com três frentes de
trabalho, e segue com a implantação das tubulações de grande porte, com 1.200
milímetros de diâmetro, que farão o transporte de uma vazão de 2 mil litros de
água, por segundo, capacidade projetada para operar em conjunto com o Ramal do
Agreste - obra do governo federal que, ao ficar pronta, permitirá atender
plenamente 23 municípios do Agreste.
De acordo com o gerente de Obras da COMPESA, Artur
Correia, os 10 quilômetros desse trecho serão finalizados até dezembro deste
ano. Ele lembra que o desenvolvimento da obra em centros urbanos requer outro
tipo de planejamento, que precisa ser mais lento para minimizar os efeitos das
intervenções na vida das pessoas.
“Todas as ações contam com o apoio de equipes técnicas de segurança e assistência social que vêm, desde o início da obra, esclarecendo a população sobre a importância do empreendimento e a necessidade da abertura de valas para o assentamento das tubulações”, explicou o gerente.
A obra da Adutora do Agreste é objeto de um convênio
formalizado entre o governo de Pernambuco e governo federal, no valor de R$
1,25 bilhão, e ainda está em execução. Desse total, já houve o desembolso de R$
952 milhões, o que permitiu a COMPESA ter assentado 565 quilômetros de
tubulações, do total de 772 quilômetros previstos nessa primeira etapa - o que
equivale a uma realização de 73% do empreendimento.
Na segunda etapa, ainda não conveniada com o
governo federal e com recursos estimados em R$ 2 bilhões, serão implantados
mais 728 quilômetros de extensão para atender mais 45 cidades com água da
Transposição do Rio São Francisco. A segunda etapa da Adutora do Agreste também
depende do Ramal do Agreste – obra ainda em execução pelo governo federal -
para fazer a conexão com o Eixo Leste do Canal da Transposição.
Para utilizar as tubulações já assentadas da
Adutora do Agreste, a COMPESA, a pedido do governador Paulo Câmara, desenhou
alguns projetos que pudessem antecipar o uso das águas do “Velho Chico” mesmo
sem a finalização do Ramal do Agreste. Uma das alternativas foi a construção da
Adutora do Moxotó, que capta água do São Francisco no distrito de Rio da Barra,
em Sertânia, e se conecta à Adutora do Agreste na cidade de Arcoverde. Por esse
sistema, a COMPESA já consegue atender as cidades de Arcoverde, Pesqueira,
Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim, São Bento do Una e Tacaimbó.
Segundo o gerente de Obras da COMPESA, Artur
Correia, até o final do ano será iniciada a fase de testes para integrar o
município de São Caetano ao novo sistema, que também passará a receber água da
Transposição do Rio São Francisco.
Do: Blog Agreste Notícia
Fonte: Assessoria
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