Ao instituir o 05 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente, a
ONU buscava encorajar ações em todo o planeta em prol da proteção dos recursos
naturais. A partir das contemporâneas e constantes transformações do mercado,
com consequente aumento do poder de interferência do consumidor nas realidades
empresariais, a discussão sobre empreendedorismo sustentável torna-se
pertinente. É nesse contexto que surgem novas modalidades empresariais e formas
de conduzir negócios, considerando igualmente importantes o bem-estar social, a
sustentabilidade e a geração de lucros.
De acordo com pesquisa feita pelo IBOPE, 70%
das pessoas entrevistadas aceitam pagar mais caro por produtos e serviços que
não causam grandes impactos na natureza.
“As empresas precisam abandonar certas práticas do passado, quando consideravam desnecessário se preocupar com questões socioambientais. Hoje, todas os empreendedores devem atuar, em alguma instância, grande ou pequena, na preservação dos recursos naturais do nosso planeta. Desde um microempreendedor individual (MEI) até uma grande empresa, todos podem fazer, em suas medidas, ações de grande impacto. E essa não é apenas uma obrigação humana, é também uma oportunidade de mercado que cresce e aumenta a competitividade das empresas. As marcas atentas à mudança do perfil do consumidor, que agora valoriza as empresas que pensam como ele e se preocupam com os impactos socioambientais, saem na frente”, afirma Adriana Côrte Real, diretora de administração e finanças do SEBRAE em Pernambuco.
A lavanderia de jeans Mamute, localizada em
Toritama, no Agreste de Pernambuco, é um negócio atento a essas questões. O
clima e a escassez de chuvas da região foi fator decisivo para que a empresa
adotasse práticas e tecnologias de consumo racional da água, garantindo
sustentabilidade ambiental e econômica. A lavanderia chegava a gastar 120
litros de água por peça e, em um primeiro momento, apenas identificando e
consertando vazamentos e reduzindo o número de enxagues, conseguiu diminuir o
consumo para 70 litros por unidade. Esse consumo foi ainda menor, passando para
49 litros, após a instalação de um sistema de reuso de efluente, que reutiliza
a água em atividades nas quais a potabilidade não é necessária.
“Hoje, podemos dizer que temos um dos menores consumos de água por peça de todo o Brasil”, destaca Edilson Tavares, proprietário da Mamute.
Uma pesquisa feita no ano passado pelo Centro
SEBRAE de Sustentabilidade (CSS), localizado em Cuiabá, confirmou que o tópico
entrou de vez na pauta dos pequenos. O levantamento realizado com quase 2 mil
empresas sustentáveis indicou que 97% dos entrevistados já substituíram
lâmpadas incandescentes por fluorescentes econômicas e LED; 74% possuem
horários definidos para ligar e desligar equipamentos e 68% trocaram
equipamentos ou maquinários por outros mais eficientes. Quanto ao uso da água,
60% dos entrevistados declaram ter alguma prática para economizar esse recurso.
Do: Blog Agreste
Notícia Fonte: Assessoria
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