O Governo de
Pernambuco por meio da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos,
detalhou a situação das barragens do Estado, durante entrevista coletiva
realizada nesta quinta-feira (31).
Na ocasião, a titular da pasta, Fernandha
Batista, esclareceu que laudos técnicos atestam que não há risco de rompimento dessas
estruturas e anunciou a intensificação das ações de fiscalização na área com a
criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, composto por 29
profissionais.
“Com essa equipe intersetorial, poderemos aumentar ainda mais o olhar para essa questão que toca a vida de tantas pessoas”, justificou a secretária.
O grupo de trabalho tem o objetivo de
atualizar o cadastro das barragens e envolve a ação coordenada das secretarias
de Infraestrutura e Recursos Hídricos, de Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário,
Desenvolvimento Urbano e Habitação, além de diversos órgãos vinculados à
temática.
Iniciado pela Região Metropolitana e pela Mata
Sul – que possuem a maior concentração pluviométrica –, o processo de
cadastramento será concluído no mês de junho.
Ressaltando a sólida política de Recursos
Hídricos do Governo de Pernambuco nos últimos anos, cujos trabalhos de
monitoramento das barragens já realizados regularmente, a gestora citou a
construção da barragem de Serro Azul, em Palmares. A obra demandou cerca R$ 500
milhões, dos quais R$ 300 milhões foram recursos estaduais, sendo ela a
responsável por segurar as chuvas de 2017.
“Essa chuva teve o mesmo porte daquela de 2010 e que provocou enchentes em toda a Mata Sul do Estado naquela ocasião”, exemplificou.
A secretária ainda se colocou à disposição da
imprensa para sanar eventuais dúvidas de ordem técnica a respeito do tema.
“Precisamos evitar a veiculação de notícias falsas ou alarmistas por interpretações indevidas desses relatórios técnicos”, pontuou completando: “Até porque as redes sociais têm hoje um alto poder de causar dano psicológico nas pessoas. Muitas famílias ficaram sem conseguir dormir e apavoradas porque viram uma informação rápida e sem o detalhamento necessário”, complementou Fernandha
Na oportunidade, a gestora também explicou as
diferenças existentes entre risco potencial e o risco de rompimento.
“São coisas totalmente distintas. O risco de rompimento tem problemas estruturais, enquanto que os critérios de avaliação do risco potencial levam em conta o porte das barragens e o fato de ter população morando próximo ao local, sendo apenas este último caso apontado pelos relatórios técnicos da ANA em relação às nossas barragens”, disse a secretária.
Barragens -
Pernambuco possui 442 barragens catalogadas, das quais 283 são de
responsabilidade da administração estadual e de órgãos vinculados. As outras
159 - que contém 59% do volume da água acumulada - são de responsabilidade do
Governo Federal, prefeituras e particulares. Essas estruturas são acompanhadas
regularmente pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), responsável
pela garantia do cumprimento da Lei 12334/2010 (Lei de Segurança de Barragens).
Quando verificada a necessidade de
intervenções para a garantia da segurança e da funcionalidade desses
equipamentos, a APAC aciona o empreendedor responsável para a realização das
ações cabíveis, a exemplo do ocorrido com a Barragem de Jucazinho, em Surubim,
no Agreste. Em 2016, após vistoria técnica da APAC, o Governo de Pernambuco prontamente
notificou o DNOCS em referente a problemas técnicos identificados na estrutura
da barragem, que passou a receber intervenções para o seu restabelecimento.
Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria
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