A oposição em Pernambuco, liderada pelo
senador Armando Monteiro (PTB-PE), está vigilante às promessas de campanha não
cumpridas pelo governo Paulo Câmara. Em entrevista, Armando lamentou que a
gestão esteja colocando dificuldades para que os beneficiários do Bolsa Família
recebam o 13º, como foi prometido durante a campanha eleitoral dois meses atrás.
“Não nos surpreende essa atitude do governo Paulo Câmara. Em Pernambuco, mais do que nunca, deve ter oposição fiscalizadora, e estamos atuando, pois a atual gestão, desde 2014, vem se revelando um governo de estelionato eleitoral. Não se cumprem as promessas de campanha. E com as eleições de 2018 não foi diferente”, disse Armando Monteiro.
Ele lembra que em 2014 o governador prometeu, por
exemplo, a construção de novos hospitais e dobrar o salário dos professores,
mas não cumpriu.
Agora, o governo cria dificuldades para não pagar o 13º, impondo
condições aos beneficiários do Bolsa Família, que só receberão o novo benefício
se consumirem pelo menos R$ 250 mensais de produtos da cesta básica. A proposta
é parte de um pacotaço de projetos (PL2093) enviado para a Assembleia
Legislativa no início da semana e que deverá ir a votação nos próximos dias.
Cada família precisa registrar notas fiscais no valor de cerca 3 mil reais por
anos para receber R$ 150 ao fim desse período. Os produtos que permitem o
reembolso incluem alimentos como feijão, açúcar, carne, ovos, manteiga e
açúcar, além de papel higiênico, sabão e outros.
Armando ainda lembra que outros projetos visando ao aumento de
impostos foram enviados para ALEPE, como o PL nº 2097/2018, que determina o
aumento de 2% do ICMS sobre o etanol utilizado como combustível.
“O setor empresarial deverá ter uma voz mais firme nesta hora”, defendeu.
Corrupção – A extinção da Delegacia de Polícia de Crimes contra a
Administração Pública da Capital (DECASP), na opinião do senador Armando Monteiro, continua sendo algo muito estranho:
“A DECASP tinha inquéritos contra figuras envolvidas no governo e do sistema dominante em Pernambuco. É lamentável que esta extinção tenha tido a chancela da ALEPE de forma apressada”.
De acordo com ele, se era uma questão organizacional, o mais
prudente seria deixar à frente dos inquéritos a atual delegada Patrícia
Domingos. O caso está tendo repercussão nacional.
“É lamentável que Pernambuco esteja sendo visto no cenário nacional metido num episódio bizarro como esse. Espero que a bancada de oposição faça valer a sua voz protestando, se articulando com a sociedade e cobrando de outros setores uma posição do governo”, ressalta.
Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário