Com o objetivo de defender o meio
ambiente e o desenvolvimento sustentável, o Ministério Público do Estado de
Pernambuco (MPPE), em parceria com o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco
(TCE-PE) e Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO-PE), está
deflagrando o projeto "Lixão Zero", a partir de um conjunto de ações
que procuram encerrar todos os 105 lixões existentes no Estado, em cumprimento
à Lei n.º 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos).
“Diversos municípios descartam seus resíduos de forma irregular e isso representa um grande risco à saúde e à vida do pernambucano. Os lixões devem ser encerrados para a destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos para aterros sanitários licenciados. Esse é um grande problema para o meio ambiente e que afeta diretamente a qualidade de vida nas cidades do Estado, além de configurar crime”, disse o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.
O projeto é dividido em cinco
etapas. Na primeira será feito um diagnóstico da gestão dos resíduos sólidos
nos 184 municípios do Estado, com cruzamento das informações levantadas no
projeto "Lixo, quem se lixa?". Na segunda, apresentada a situação
desejada relativa à disposição final dos resíduos dos 105 municípios que
dispõem de aterros irregulares e lixões. Na terceira, será realizada a criação
de grupo de trabalho de promotores de Justiça para atuação integrada e
regionalizada.
Reunião
do MPPE, TCE e MPCO sobre projeto Lixão Zero - Na
quarta, os governos municipais serão instados a implementar soluções com prazo
determinado para o encerramento dos espaços, por via extrajudicial ou até mesmo
judicial.
“Vamos convocar os prefeitos a buscar uma solução adequada para que os lixões sejam fechados. Esses espaços são altamente nocivos para o meio ambiente porque contaminam o solo e as fontes de água, além de gerar problema social e de saúde para os catadores que se expõem na disputa pelos resíduos”, relatou Dirceu Barros.
Na quinta fase do projeto, será
realizado o Seminário Estadual de Resíduos Sólidos com a pauta “lixão zero”.
O prazo para encerramento dos
lixões terminou em 2014, conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
“Muitos municípios em todo o país ainda não cumpriram o que manda a Lei. O MPPE celebrou Termos de Ajuste de Conduta com 126 prefeitos, negociando o encerramento programado dos lixões no Estado, mas não houve mobilização de diversos gestores. Agora pretendemos incentivar o cumprimento da legislação por meio da responsabilização civil e criminal, e recebemos o apoio do procurador-geral de Justiça para Acordos de Não Persecução Penal como mais um instrumento de efetividade da atuação do MPPE”, disse o coordenador do Centro Operacional de Apoio às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (CAOP Meio Ambiente), André Felipe Menezes.
O projeto prevê, ainda, garantir
alternativas de inclusão social dos catadores de material reciclável.
“Além do envolvimento institucional com o Tribunal de Contas e o Ministério Público de Contas, pretendemos envolver outras instituições como associações de catadores, as secretarias municipais de meio ambiente e de políticas sociais, além de universidades e institutos de ensino. Para que seja possível gerar não só o encerramento da atividade, mas também a conscientização”, disse Menezes.
O encontro ocorreu na
segunda-feira (20), na sede do Tribunal de Contas de Pernambuco e contou com a
presença do presidente do TCE-PE, Marcos Loreto; da procuradora-geral do MPCO,
Germana Laureano; e do gerente de Auditorias de Obras Públicas do TCE-PE,
Alfredo Montezuma.
Do: Blog Agreste Notícia Fonte: Assessoria
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