A Parteira – com direção de Catarina Doola CULTURA, n –
foi eleito o melhor filme pelo júri popular da 12ª edição do Curta Taquary. A
película também ganhou como Melhor Filme e Melhor Atriz [Donana – Ana Valcacio]
da Mostra Brasil. O enredo mostra o cotidiano de Donana, parteira profissional
do município de São Gonçalo do Amarante, no interior do Rio Grande do Norte. O
festival de curtas-metragens aconteceu entre os dias 22 e 27 de abril, em
Taquaritinga do Norte, Agreste Setentrional de Pernambuco.
O curta-metragem pernambucano EntreMarés levou
os prêmios de Melhor Filme; Melhor Direção [Anna Andrade]; Melhor Edição [Caio
Sales]; Melhor Roteiro [Anna Andrade] e Melhor Trilha Sonora [Hugo Coutinho e
Iezu Kaeru] da Mostra Primeiros Passos. O documentário retrata as relações de
mulheres pescadoras da Ilha de Deus com a atividade como sustento das famílias,
além da transformação geográfica do local nos últimos dez anos.
O Prêmio Cineclubista FEPEC (Federação
Pernambucana de Cineclubes) foi para o filme Eu, minha mãe e Wallace (RJ), que
também venceu como Melhor Direção de Fotografia [Safira Moreira] da Mostra
Brasil. A Federação concedeu menção honrosa a Coração do Mar (SP), também
premiado como Melhor Filme [direção de Rafael Nascimento] e Melhor Ator [Murilo
Farias] da Mostra Universitária e Aos de ontem, aos de sempre (CE), que levou
ainda o prêmio de Melhor Direção [Elvis Pinheiro, Jaildo Oliveira, Laryssa
Raphaella, Livia Agra, Raquel Morais e Ravi Carvalho] da Mostra Dália da Serra.
Aos de ontem, aos de sempre também recebeu
menção honrosa da ABD/APECI (Associação Brasileira de Documentaristas e
Curtametragistas/ Associação Pernambucana de Cineastas). A menção foi também
concedida a Historinhas Nana & Nilo: alegria do Jongo (RJ) e Majur (MT). Já
o Prêmio ABD/APECI foi para o filme Thinya (PE). A lista completa dos premiados
em cada mostra pode ser conferida aqui:
www.curtataquary.com.br/premiados-12o-curta-taquary/.
Curta Taquary -
Com o tema “Ancestralidade e a Formação do Povo Brasileiro”, esta edição
consolidou o festival como forte espaço para a difusão da produção audiovisual
do Brasil e da América Latina. O 12º Curta Taquary teve 753 inscritos, sendo 90
selecionados e exibidos nas sete mostras competitivas e nove paralelas.
Participaram representantes de 19 estados brasileiros, das cinco regiões, além
do Chile, Bolívia, Colômbia, Venezuela, México, Canadá e Líbano. É por isso
que, segundo a organização do festival, a proposta do Curta Taquary é
fortalecer a oferta de cinema independente e levar ao público novas
experiências e questionamentos, que tragam reflexão e apontem novos olhares
sobre temas que precisam ser repensados.
Com a primeira edição em 2005, o Curta Taquary
fez mais de 1.500 exibições para um público superior a 50 mil pessoas, sendo o
festival de curtas mais antigo do interior de Pernambuco, segundo o idealizador
do evento, Alexandre Soares.
“A partir do Curta Taquary, outros festivais começaram a acontecer na região. Essa rede foi fortalecida. Vários filmes aconteceram aqui no Agreste. Nos últimos 12 anos, temos produzido longas, curtas e séries de TV. O cenário hoje é um pouco diferente de antes dos festivais e das políticas públicas acontecerem”, enfatizou.
Este ano, o Curta Taquary é o terceiro evento
de audiovisual realizado no interior Estado. O primeiro foi a Mostra Canavial
de Cinema – que percorreu oito municípios da Zona da Mata Norte, no mês de
janeiro. O segundo foi o Curta na Serra, em Bezerros, durante a Semana Santa.
Outros irão ocorrer, ao longo do ano, em municípios como Afogados da Ingazeira,
Belo Jardim, Orobó e Triunfo.
O Curta Taquary surgiu do desejo de reacender
a magia da sétima arte na população que vivenciou os tempos áureos do cinema de
rua, na década de 80.
“Depois que o cinema fechou, eu comecei a produzir curtas. Em 1997, fiz um longa junto com outras pessoas e acabamos exibindo, por duas sessões, no mesmo cinema no qual assistíamos filmes quando criança. As sessões foram lotadas e foi emocionante ver uma história nossa sendo contada. A partir daí, começamos a fazer curtas-metragens”, confidenciou Alexandre Soares.
O idealizador do festival relata ainda que, na
década de 80, era comum as pessoas irem ao cinema. Foi quando, segundo ele, se
apaixonou pela sétima arte.
“Sempre gostei de ouvir histórias e, quando as vi sendo contadas em tela grande, decidi seguir a área de cinema. Na década de 90, cinemas de rua passaram a ser fechados e não foi diferente em Taquaritinga do Norte. Foi então que a cultura de ir ao cinema foi acabando. O cinema permaneceu em mim, até que, em 2005, junto com outras pessoas que também gostavam da sétima arte, acabamos criando o Curta Taquary”.
Do: Blog Agreste Notícia
Fonte: Assessoria
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