Embora
a Agência Nacional de Águas (ANA) tenha divulgado que Jucazinho, em Surubim, no
Agreste, seria a única barragem pernambucana entre as 45 com alto
risco de rompimento no Brasil, um estudo realizado pela Confederação Nacional
dos Municípios (CNM) considera que há 57 barragens no Estado que
apresentam ameaça de rompimento e danos associados.
São duas de
irrigação, 37 de abastecimento, 14 de combate à seca e quatro não
especificadas. Ao todo, Pernambuco tem 420 barragens.
Os dados
da CNM confirmam a hipótese levantada pelo pesquisador da Fundação
Joaquim Nabuco Neison Freire, quando supõe que o estudo da ANA está
desatualizado ou não condiz com a realidade.
A barragem em
Brumadinho não estar entre as preocupantes é um sinal disso.
“Sabemos que a enchente de 2010 na Mata Sul tem relação com o colapso de três pequenos diques no rio Mundaú, em Alagoas, por exemplo”, diz Freire.
“Acredito que, desde 2010, as grandes barragens em Pernambuco estejam sendo monitoradas com mais cuidado. Mas, há um problema com as pequenas barragens, muitas delas ilegais, construídas por produtores e donos de terra nos períodos de seca como esse que passamos por sete anos”, explica o doutor em geografia pela UFPE, Luiz Eugênio Carvalho.
Cidades como
Paudalho, na Zona da Mata; São Lourenço, Camaragibe e o Recife, na RMR; seriam
algumas das cidades atingidas com violência, já que têm o Capibaribe próximo
aos seus centros urbanos.
Do: Blog Agreste Notícia
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