Presidente da
Comissão de Educação da Câmara Federal, deputado Danilo Cabral (PSB-PE),
comemorou o arquivamento do projeto da chamada Escola sem Partido na comissão
especial que analisava a proposta.
“É uma vitória dos que acreditam na organização da luta do povo. Foi a mobilização da sociedade, especialmente daqueles que fazem a educação pública do país, que levou essa Casa a tomar essa acertada decisão, de arquivar um projeto que era uma verdadeira ‘lei da mordaça’ na educação brasileira”, celebrou o parlamentar.
Após seis semanas
seguidas de tentativas de colocar a Escola sem Partido em votação, a matéria
foi arquivada por causa do encerramento das atividades da comissão especial
nesta legislatura. Em todas as reuniões convocadas pelo colegiado, a oposição
atuou fortemente, obstruindo os trabalhos.
“Esperamos que essa derrota possa fazer como que o novo governo possa refletir e retire esse projeto de sua pauta”, afirmou Danilo Cabral.
As discussões
relacionadas ao Escola sem Partido serviram para alavancar o nome do então
deputado Jair Bolsonaro (PSL), presidente eleito, no cenário nacional bem antes
do lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República. Em declarações
à imprensa, o futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, indicado por
Bolsonaro, chegou a dizer que o Escola sem Partido deveria ser aprovado pelo
Congresso Nacional com um texto mais moderado.
Por causa disso,
explicou Danilo Cabral, espera-se que o tema volte à Câmara dos Deputados no
próximo ano.
“Então, precisamos celebrar a vitória para mostrar, de forma objetiva que, quando há uma mobilização da sociedade, nós podemos barrar os atrasos que estão sendo impostos pela nova agenda. Mas, ao mesmo tempo, essa vitória tem que servir para que a gente permaneça vigilante e não permita o retorno dessa pauta”, ressaltou.
Danilo Cabral, que
também integrou a comissão especial, destacou que, como preconiza a
Constituição, a educação deve construir cidadania na vida das pessoas.
“Não se faz educação sem liberdade de expressão, de pensamento e pluralismo de ideias. Por isso, não queremos escola sem partido. Queremos escolas com professor valorizado, escola integral, com merenda, livros e resultados positivos. Essa é a escola que merecemos”, finalizou.
Do: Blog Agreste Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário